Com cinco edições realizadas, a Black Friday já é uma das principais datas do varejo brasileiro, totalizando R$ 1,6 bilhão movimentado desde 2010. Após disseminar a cultura americana no país e adaptá-la ao cenário local, Pedro Eugênio, fundador da “sexta-feira negra” no país, aposta em um novo passo para o comércio eletrônico no Brasil, um tanto quanto ousado: acabar com o spam. Isto é, todos aqueles e-mails indesejados na caixa de entrada. Para isso, ele pretende unificar a experiência adquirida na Black Friday com o cruzamento de tecnologias que permitam não apenas entregar a mensagem certa ao usuário certo, mas também na hora certa.
Desta maneira, o executivo estima cessar com a necessidade do envio de e-mails, e por consequência, de mensagens indesejadas. “Hoje cerca de apenas 9% dos e-mails enviados por lojas virtuais são aberto pelos clientes, onde o resto acaba se tornando spam propriamente dito. A partir do uso de conteúdo personalizado e direcionado para cada pessoa, com base em suas preferências e comportamento, pretendemos aumentar o interesse, e por consequência, a taxa de abertura”, explica. Em comparação com a Black Friday, onde no primeiro ano as empresas participantes não tinham a real noção da oportunidade que a Data representava, muitas vezes sem preparo logístico ou ofertas atrativas para o consumidor, a Live Target quer fornecer aos parceiros o resultado final, sem a preocupação com os detalhes técnicos. “Enquanto a data do varejo foi otimizada e transparecida por meio de grandes parcerias, o novo projeto quer tirar de lojistas toda preocupação se não com as vendas”, defronta.
Criada por uma equipe de Tecnologia da Informação formada por engenheiros da USP de São Carlos, a inteligência utilizada pela Live Target, o e-mail retargeting, permite indiretamente também aumentar a taxa de conversão do varejista, que hoje não ultrapassa 2%. “Conhecemos o perfil e comportamento do usuário brasileiro. Quando algo que é oferecido a ele é útil, a chance de ele voltar àquele serviço ou recomendá-lo a um amigo é muito maior. Do lado do anunciante, a conversão tem muito mais chances de acontecer do que em um disparo automático para todos aqueles que já visitaram seu site”, defende Eugênio.