Já há algum tempo os avanços tecnológicos transformaram a relação entre empresas e clientes. Se antes os consumidores não tinham tanta voz ativa – ou pelo menos ela não era ouvida -, hoje eles têm muito mais poder e exigem dialogar com as empresas que estão contratando. Novas etapas foram surgindo na chamada jornada do cliente e absolutamente nada pode ser deixado de lado, inclusive a segurança de seus dados. Apesar desse não ser um problema novo, todo consumidor quer saber cada vez mais para quem está cedendo suas informações pessoais e o que será feito com elas.
O recente vazamento de dados no Facebook trouxe essa questão a um novo patamar, ainda que outras empresas já tivessem sofrido ataques cibernéticos anteriormente. Outro ponto que não pode ser deixado de lado é a General Data Protection Regulation (GDPR – Guia de Regulamentação da Proteção de Dados, tradução livre) da União Europeia, que entrou em vigor no dia 25 de maio. E, agora, entra em cena mais um fator importantíssimo: e Lei Geral de Proteção de Dados, que foi aprovada essa semana no Senado e aguarda apenas a sanção presidencial. O texto garante maior controle dos cidadãos sobre as informações pessoais: exige consentimento explícito para coleta e uso dos dados, tanto pelo poder público quanto pela iniciativa privada, e obriga a oferta de opções para o usuário visualizar, corrigir e excluir esses dados. Ou seja: é hora das empresas darem mais atenção à segurança dos dados.
Quando se fala nesse assunto, é comum que muitos gestores lembrem somente da área de segurança da tecnologia de sua empresa. Entretanto, mais do que nunca é preciso criar uma cultura de segurança entre todos os colaboradores para que os dados sejam não só levados a sério, como protegidos até a última instância. Ainda mais em tempos onde se compartilha praticamente tudo. Para falar desse tema, o Portal ClienteSA ouviu com exclusividade diversos especialistas. Confira o que eles falaram:
Contratos de adesão na internet impactam diretamente na relação entre empresas e clientes
Mercado passa a dar mais atenção à segurança de dados para atender leis e preocupação dos clientes
Estabelecer um diálogo honesto com o cliente também faz parte da política de proteção de dados
Brasil ainda engatinha no assunto, embora já existam soluções para proteção de dados
Empresas que ainda adiam o investimento em proteção de dados devem rever estratégia
Tão importante quanto conhecer os clientes é garantir a segurança de seus dados
Adotar novas tecnologias sem se preocupar com a segurança como um todo não é investimento, mas risco
Empresas devem apresentar maior transparência na forma como utilizam os dados
Proteção de dados dos clientes precisa ser vista de forma urgente pelas empresas como prioridade