Pesquisa global realizada pela seguradora Chubb concluiu que os viajantes a negócios, embora confiem nos protocolos de biossegurança das companhias aéreas, não acreditam inteiramente nas medidas de autocuidado de seus companheiros de viagem. Por isso, dão maior importância, agora, ao seguro de viagem que possuem e analisam com maior atenção as coberturas que lhes proporcionam. Esses profissionais e executivos acreditam que a pandemia e as restrições de viagens relacionadas à crise sanitária afetaram negativamente sua eficácia no trabalho. Da mesma forma, prejudicam a capacidade de seus empregadores de desenvolver negócios, servir aos clientes e manter relações comerciais.
O estudo da Chubb é o primeiro desse tipo a ouvir viajantes a negócios em quatro regiões: América Latina, América do Norte, Europa e Ásia-Pacífico. Entre 24 de fevereiro e 30 de março deste ano, a organização pesquisou 2.100 viajantes a negócios, com 20 anos de idade ou mais, que estão atualmente empregados e mantendo suas atividades com regularidade.
Entre as conclusões da pesquisa da Chubb, intitulada ‘É hora de voar: o impacto da Covid-19 no presente e no futuro das viagens de negócios’, estão as seguintes:
Na América Latina, 80% dos viajantes a negócios acreditam que, por não poderem ter contato e comunicação direta com seus interlocutores, é impossível para eles perceberem a linguagem corporal ou outras pistas visuais relevantes na hora de fechar um negócio. Globalmente, essa crença é compartilhada por 82% dos participantes;
Quase três em cada quatro viajantes a negócios (74%) na América Latina e no resto do mundo afirmam que são menos eficazes em seu trabalho devido à pandemia e às oportunidades de viagens severamente limitadas. As áreas afetadas incluem atendimento ao cliente e a capacidade de manter relacionamentos com clientes e parceiros de negócios;
87% dos viajantes a negócios se preocuparam com a possibilidade de contrair COVID-19 durante a pandemia e tomam medidas para se proteger, incluindo o uso de máscaras e o distanciamento social. A adesão aos protocolos de saúde é maior entre os viajantes da América Latina, também num percentual de 87%.
De acordo com John Thompson, presidente da divisão de acidentes e saúde Internacional da Chubb, “uma das descobertas mais interessantes da pesquisa é o quanto os viajantes a negócios e seus empregadores, de todas as regiões, concordam: a pandemia e as limitações de viagens que a acompanham prejudicado a capacidade de atender e manter relacionamentos com clientes e parceiros de negócios de maneira eficaz”.
No entanto, embora os entrevistados sintam falta das viagens de negócios e dos benefícios das reuniões presenciais, eles reconhecem alguns benefícios de trabalhar virtualmente. Em particular, 70% dos entrevistados latino-americanos afirmam que podem usar de forma produtiva o tempo que gastariam viajando. E, embora globalmente 82% afirmem que videoconferências e chamadas telefônicas podem ser alternativas eficazes às viagens de negócios, na América Latina a cifra sobe para 91%.
Seguro de viagem
Apesar de a maioria dos viajantes a negócios terem um alto nível de confiança nas companhias aéreas – 85% dizem que elas estão fazendo todo o possível para manter as viagens seguras – quase 9 de cada dez entrevistados têm receio de seus companheiros de viagem não estarem seguindo os protocolos de biossegurança de maneira responsável.
Por esse motivo, não foi surpresa o fato de o estudo da Chubb revelar que mais de quatro em cada cinco viajantes a negócios (81%) acreditam que a pandemia os fará prestar mais atenção às coberturas de seguro de viagem daqui por diante. Já na América Latina, 89% estarão mais atentos à sua cobertura. Os viajantes a negócios latino-americanos também concordam amplamente (90%) que ter um seguro de viagem os deixa mais tranquilos quando viajam a negócios ou lazer. As previsões acima fazem mais sentido considerando que cerca de 80% dos entrevistados esperam outra pandemia em algum momento no futuro.