O ano de 2004 foi bom para o setor de TI. De acordo com números divulgados pela Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação (Abrat), o setor que reúne cerca de 4 mil empresas, emprega algo em torno de 200 mil pessoas e fatura aproximadamente US$ 625 milhões/ano em prestação de serviços, fechou o ano com um crescimento de cerca de 10%. “Diante da perspectiva de que a economia poderá entrar em um ciclo de crescimento sustentado em 2005, muitos segmentos já começaram a implementar ações para reduzir custos, ampliar sua produtividade e competitividade”, afirma Marcos Gomes, presidente da Abrat.
A demanda por novas tecnologias e serviços especializados cresceu de forma expressiva. Os destaques foram os serviços de comunicação de dados e segurança, outsourcing completo e de impressão, comunicação sem fio, VoIP, gerenciamento de infra-estrutura e help desk. Para 2005, a associação espera um aumento de 15%, o que representa 50% a mais em relação ao ano anterior. A confiança está baseada no processo de recuperação da economia e na ampliação dos investimentos, ainda que o cenário exija uma certa cautela.
“As boas perspectivas para este ano podem esbarrar em velhos problemas, como a falta de infra-estrutura no País e a carência de profissionais qualificados para atender ao aumento da demanda”, alerta Marcos. Outros entraves imposta às prestadoras de serviços de TI são a elevada carga tributária e o excesso de burocracia que, segundo o presidente da entidade, são agravantes que podem interferir no desempenho do setor e também contribui para o aumento do mercado informal.
Antevendo esses problemas, a Abrat lançou, no meio do ano ano passado, a Campanha Brasil Legal, com o intuito de evitar o contrabando e a pirataria. E que tem como um dos pontos de atuação a luta contra a aumento dos impostos no segmento. Neste ano a instituição dará continuidade à campanha, promovendo ações como seminários e eventos para debater temas regionais e buscar alternativas à diminuição da carga tributária.