O cliente é o foco de qualquer empresa e estar em contato com ele é a missão que procuram alcançar. Hoje, esse trabalho está muito mais fácil do que antigamente, com o avanço das tecnologias, os diversos canais disponíveis e as redes sociais. Com a era da Internet das Coisas, em um mundo que será mais conectado e com mais dispositivos, esse processo promete ser ainda mais simples, porém com mais desafios também. Essa é a previsão feita por Juliana Ferreira, sócia-diretora executiva da A2F.
De acordo com a executiva, no futuro, a sociedade terá acesso a muito mais informações, o que permitirá uma maior facilidade na tomada de decisões, bem como será mais fácil se conectar em movimento. Ou seja, será uma transformação na vida de todos. Com isso, a gestão de clientes também tenderá a mudar, tornando as empresas mais próximas de seus públicos. “Será mais fácil, porque vai ter muito mais acesso às informações do cliente e também vai ter muito mais acesso a ele, especificadamente. As empresas conseguirão estar conectadas com ele em diversos dispositivos. Ao mesmo tempo, vai ser uma confusão muito grande de muitas informações que você vai ter desses clientes”, afirma ela.
Para lidar com esse ambiente ambíguo, Ferreira ressalta que será preciso saber organizar todas as informações recebidas, para que haja uma geração de lucro. Ou seja, filtrar os conteúdos dos clientes, utilizar aquilo que faz sentido ao seu serviço ou produto, para, enfim, chegar ao consumidor, de forma que este fique satisfeito com o contato e, com isso, gere resultados. Atualmente, já há negócios que realizam estratégias em que podem se preparar para o amanhã. “Há um conceito que está muito presente hoje em dia nas cabeças das empresas, que é o big data, que é ter uma estratégia, equipamentos, softwares e serviços que permitam coletar e organizar essas informações e extrair aquelas que serão relevantes para o negócio. Acho que as empresas, cada vez mais, terão que utilizar essa estratégia.”
Outro desafio a ser lidado será procurar uma maneira de chegar a todos os dispositivos que estarão disponíveis às pessoas. Além dos gadgets que já existem hoje, outros objetos tenderão estar conectados. Por exemplo, será possível realizar compras por meio do controle remoto, a partir de algo que se viu na televisão. “As empresas devem e deverão criar estratégias para chegar a estes dispositivos finais, para conseguir mostrar seu produto e serviço para o cliente”, explica a executiva. Elas precisarão ainda procurar um meio de se tornarem mais visíveis, já que as pessoas conseguirão ter aquilo que querem, no momento em que desejarem. Então, como conseguir ganhar o mercado? “As empresas que tiverem mais preparadas para esta era serão vitoriosas, porque é um momento de crescimento no número de oportunidades, de oferecer seu serviço e produto com muito mais facilidade aos clientes. Ao mesmo tempo, vai ter que estar muito mais preparado para isso, porque o volume de informações será muito grande e não será uma coisa simples estar estruturado para chegar ao dispositivo que estarão conectados e conseguir atender a essa demanda”, explica Juliana. Inclusive, no quesito sobre a opinião do público. Se hoje já é algo rápido, na Internet das Coisas estas serão feitas instantaneamente e os negócios precisarão estar prontos para resolverem os problemas em um tempo cada vez mais curto.