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SMS x carta



Autor: Marcelo Castelo

 

Antes de iniciarmos este assunto, responda às seguintes perguntas: qual foi a última vez que você foi ao correio? Qual foi a última vez que você enviou um SMS? Provavelmente a sua resposta deve ter sido “- que existem, conservadoramente, hoje no Brasil, cerca de 120 milhões de pessoas com celular (a Anatel fala em 150 milhões de linhas ativas, mas existem pessoas que possuem dois chips ou chips inativos), praticamente todo mundo que possui um celular já enviou um SMS na vida.

 

Será que 60% da população já enviou alguma carta? Fiz uma rápida enquete aqui no escritório, entre funcionários com menos de 22 anos, e descobri que nem metade destes jovens havia, sequer, pisado em uma agência dos Correios na vida. Um detalhe, 100% deles enviaram ao menos um SMS nos últimos sete dias. Todo esse questionamento leva à outra pergunta: Por que será que ainda existem empresas que realizam promoções por cartas (junte embalagens e envie para uma Caixa Postal)?

 

Fazendo uma rápida análise, este tipo de promoção, utilizando cartas, possui alguns inconvenientes para o consumidor, como a necessidade de guardar as embalagens, procurar uma agência dos Correios e pagar mais de R$ 0,60 por selo. No caso da empresa, a necessidade de um estoque para as cartas ou mesmo o trabalho de logística para recolhimento das urnas espalhadas nos pontos-de-venda. Resultado: custo operacional, além do risco de extravio.

 

Para resolver estes “problemas”, existe uma solução muito simples e já testada por várias empresas de diversas categorias como Gillette, Mellitta, Bauducco, Azeite Maria, entre outros. A empresa imprime um código único na embalagem e, o usuário, ao comprar o produto, envia um SMS com o código para um número estabelecido pela companhia.

 

Para o usuário, é bem mais conveniente (já que o aparelho de celular está ao alcance de suas mãos) e barato (um SMS custa, com impostos, cerca de R$ 0,40, bem menos do que o valor de R$ 0,60 do selo, além do gasto com o transporte para chegar até uma agência dos correios). No caso da empresa, as ações com SMS também são mais vantajosas, pois não há custo da caixa postal, urnas e armazenagem dos cupons. Além de ser mais fácil gerenciar o processo, já que o gerente está a um clique do mouse para ver online os resultados da campanha.

 

E se alguém falar que não há como imprimir um código único na embalagem porque não será possível modificar a linha de produção, já existem soluções para isso. Basta ver a promoção da Nestlé e do Extra, nas quais o código único é impresso no cupom fiscal.

 

Com o SMS, da mesma forma que não há exclusão das classes C e D, também há inclusão da classe A, pois este público não tem o hábito de postar cartas promocionais nos correios. A maior prova de sucesso do SMS são as dezenas de promoções neste formato que estão circulando pelo mercado, com resultados recordes. Algumas empresas apontam que os resultados são oito vezes superiores às promoções anteriores que utilizavam o envio de cartas.

 

Portanto, a utilização de SMS em promoções semelhantes gera um resultado maior com um investimento menor. Algumas empresas já estão atentas para este cenário, mas, infelizmente, muitas outras ainda não estão. E sempre que vejo uma promoção dessas, via carta, questionamentos como estes voltam a me tirar o sono.

 

Marcelo Castelo é sócio da F.biz.

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