A empresa inglesa dunnhumby, através de um estudo, aponta as nove principais tendências de consumo identificadas no varejo global. Na pesquisa, são apresentadas as tendências que moldarão o futuro do mercado varejista e que não devem ser ignorados pelos profissionais e pela indústria. São elas:
– Conveniência: mais do que nunca, os consumidores estão em busca de maneiras mais rápidas, fáceis e simples de fazer suas compras. Será bem-vindo tudo o que trouxer rapidez, facilidade e simplicidade para a vida do cliente. Os consumidores hoje estão à procura de conveniência em todos os níveis e em todos os estágios de sua experiência de compra.
– Valor: economia é a palavra de ordem da vez e os consumidores estão cada vez mais comparando preços e marcas. As pessoas querem gastar menos, mas, ainda assim, não abrem mão de qualidade. Sairá na frente quem conseguir oferecer os dois atributos aos seus clientes. Promoções e preços personalizados podem ser boas ferramentas para atingir esse objetivo.
– Economia social: social, nesse caso, tem a ver com o conceito de sociedade e comunidade. Os negócios hoje devem ouvir e aprender com os clientes. Estar aberto ao diálogo, escutar e responder as questões feitas por eles se torna essencial nesse momento e a Internet é a ferramenta para isso.
– Personalização: os consumidores hoje em dia querem cada vez mais produtos e serviços personalizados, com mensagens que os atinjam diretamente. A tecnologia e a análise de dados são ferramentas importantes para atingir um alto nível de personalização e ajudar varejistas e marcas nessa tarefa. Simples atitudes – como a personalização de nomes em latas de Coca-Cola – já fazem diferença.
– Fusão cultural: eventos locais, como o Halloween, Ano Novo Chinês, Thanksgiving, entre outros, estão cada vez mais globalizados e se apresentam como uma oportunidade para varejistas e marcas. Pode-se considerar a Black Friday como exemplo. Cinco anos atrás este era um evento que só existia em países como Reino Unido, Estados Unidos e, após 2014, tornou-se um evento popular entre várias redes varejistas mundiais. Além disso, a comida consumida diariamente também tem se mostrado cada vez mais multicultural e pratos de culturas específicas tem se tornado uma opção gastronômica acessível.
– Online, sempre: a tecnologia mobile vai continuar a moldar o varejo, tanto como um canal de comercialização de produtos, como também um importante meio de comunicação. Físico e virtual ficarão cada vez mais entrelaçados e a convergência de canais ainda mais complexos. Investir em tecnologia in-store ampliará as maneiras possíveis de interagir com os clientes no mundo virtual, trazendo ainda mais conveniência ao consumidor. A rede varejista Target, por exemplo, utiliza a tecnologia para mapear, dentro das lojas físicas, produtos pré-selecionados pelo cliente em sua lista virtual. Com o aplicativo ligado em seu smartphone, o consumidor pode localizar rapidamente seus itens desejados, enquanto faz suas compras pela loja.
– Saúde e bem-estar: saúde e bem-estar é uma área que deve receber atenção dos varejistas. Mais de 70% das pessoas acreditam que são menos saudáveis do que as gerações anteriores e os consumidores esperam que os fabricantes e varejistas de alimentos forneçam suporte para a adoção a um estilo de vida saudável. Os consumidores estão mais cientes de como uma alimentação saudável interfere no seu estilo de vida, então exigem mais transparência de como os alimentos são fabricados. Há alta demanda por alimentos frescos e feitos na hora.
– Novo modelo de família: as famílias atuais passaram por uma transformação durante os últimos anos. O conceito de idoso, de chefe de família e a configuração familiar não são os mesmos que antigamente. Eventos importantes da vida – como casamento, nascimento, compra de imóvel, etc., estão sendo adiados cada vez mais e os filhos demorando mais para saírem de casa. Sendo assim, é importante que varejistas e marcas se atentem às mudanças na hora de se comunicar com seus clientes. Entre os exemplos do que tem sido feito pelo mundo, está a campanha publicitária #NotBroken, de uma marca de biscoitos da empresa Honey Maid, que mostra uma família se relacionando bem após o divórcio.
– Consumo ético: as pessoas tendem a gostar mais e serem mais fiéis a marcas socialmente responsáveis. Da mesma maneira, empresas vistas como não-éticas são punidas pelos consumidores, que preferem não consumir seus produtos. Responsabilidade social é mais um motivo para que os clientes optem por determinada marca ou empresa.