A tecnologia tornou-se imprescindível para empresas de qualquer atividade ou porte, especialmente, para a área jurídica. Não há dúvidas sobre a infinidade de benefícios e valores que ela agrega às corporações. Entretanto, os custos de implantar e manter tecnologia de ponta, muitas vezes, inviabiliza projetos. Ora, os investimentos, tanto no desembolso inicial como nas constantes atualizações, são pesados. Além disso, devido à evolução permanente de software e hardware, nota-se uma obsolescência rápida. Os equipamentos ficam ultrapassados em quatro anos.
Obviamente essa evolução rápida é um reflexo da própria dinâmica dos mercados mundializados, que gera necessidades de aprimoramento contínuo de processos, atendimento de novas necessidades e ampliação do espectro de atuação, levando à incorporação de novos recursos e dispositivos. Todos sabem que, dia-a-dia, torna-se necessário incorporar novos recursos e dispositivos mais avançados para acompanhar o mercado e atender aos clientes. Por certo que também há a incorporação de melhorias mas, antes de partir para pesados investimentos, é importante avaliar as reais necessidades e as alternativas mais viáveis para cada negócio.
A experiência tem mostrado que um dos melhores caminhos é o formato conhecido como ´Thin Client´, que utiliza terminais ´burros´ nas estações de trabalho. O modelo usa pequenos dispositivos para acessar os servidores, onde ficam todos os aplicativos e outros recursos e sistemas. O formato é particularmente interessante por prover todos as funcionalidades necessárias, tanto para colaboradores alocados na mesma sede como em diferentes localidades, sem precisar de CPUs avançadas, HDs, memória, etc, o que se traduz numa redução expressiva no montante de investimentos em infra-estrutura a longo prazo.
Além dessa redução drástica nos custos e no desembolso inicial, o modelo facilita e agiliza a administração da rede, configurando-se numa forma inteligente de implantar e manter sistemas e dispositivos avançados na corporação. Vale ressaltar que, apesar do modelo ser indicado na maioria dos casos, devido à necessidade de adotar sistemas compatíveis e acesso remoto, o ideal é contar com profissionais especializados para estudar, caso-a-caso, e adequar o formato às particularidades de cada escritório e ajustar, ainda mais, os projetos de TI às necessidades específicas.
Atualmente, além do ´Thin Client´ figurar como um dos itens mais avaliados na hora de se implantar ou atualizar máquinas e sistemas, é possível perceber que a área de serviços de TI nas advocacias segue o mesmo padrão de outros mercados. Recentemente, o IDC Brasil divulgou que esta é a área que mais cresce no mercado total de TI. Da mesma forma, as bancas de direito aderiram à terceirização de serviços. O chamado ´outsourcing jurídico´ coloca toda a operação de TI aos cuidados de empresas especializadas, eliminando da vida dos advogados as preocupações técnicas.
Na verdade a alta tecnologia que provê benefícios como agilização, transparência e redução de custos, aliada a serviços mais completos que permitem ao advogado desvencilhar-se da parte técnica e operacional e focar na sua atividade-fim, têm sido fatores determinantes para a contratação dessas empresas, que registram crescimentos anuais da ordem de 20%.
Fica evidente, portanto, que o setor vem se profissionalizando, grandemente, para garantir expansão dos negócios e, principalmente, resultados jurídicos vencedores, a partir do emprego de serviços e tecnologias que os libere para fazer o que realmente sabem fazer.
Para tanto, usam sua inteligência corporativa que, brincando com a antítese, pode estar na implantação de terminais ´burros´, que são soluções de menor custo que reduzem drasticamente o re-investimento em CPUs, mantendo tudo padronizado, bem como, facilitando a administração, atualização e controle.
Rubens Manino é presidente e sócio-fundador da BCS Informática.