Autor: Eder Balbino
“Não temo o futuro, desde que venha pela frente”. A frase do publicitário Nizan Guanaes explica um dos investimentos mais atuais das grandes empresas: antecipar o comportamento do cliente. Para isso, é preciso conhecê-lo nos mínimos detalhes, de forma a criar ações imediatas que atendam a sua demanda, ou provoquem um desejo ainda não existente, mas que pode ser aguçado com um desconto exclusivo para produtos que estão presentes com frequência em sua lista de compras, por exemplo.
Esta e outras diversas estratégias que partem do pressuposto de tratar clientes diferentes de formas diferentes lançam mão de tecnologias que permitem a análise e interpretação de um grande volume de dados. As ferramentas de business analytics são bastante efetivas nesta segmentação, permitindo às empresas estreitar o relacionamento e compreender melhor as características dos consumidores.
Utilizando uma plataforma de Big Data e Analytics, por exemplo, é possível ter acesso a dashboards com informações detalhadas sobre a base de clientes; interagir com outros sistemas (APIs); construir modelos preditivos – técnicas que utilizam a análise de dados históricos para prever comportamentos; e análise prescritiva – que ao saber o que vai acontecer, nos sugere as melhores decisões a serem tomadas hoje.
Desta forma, essas plataformas trazem soluções que dão poder real aos analistas de construírem aplicações inteiras de análise detalhada do negócio sem escrever uma linha de código. São ferramentas que favorecem a estratégia de transformação digital das empresas que buscam estar em sintonia com as preferências dos clientes, de forma a migrar de uma gestão massificada para uma gestão personalizada de seu público alvo.
É exatamente o cruzamento e a interpretação de todos os dados do cliente que estão sendo aplicados pelo marketing personalizado. Para tratar o comprador individualmente, o software direciona quanto ao mix ideal de produtos a serem oferecidos aos clientes, revela a necessidade de introdução de novos itens e, ainda, auxilia quanto à precificação, metas e rentabilidade. Caso o sistema identifique que o cliente tem o hábito de comprar, com frequência, vinhos aos fins de semana, já apresenta a oportunidade de ofertar queijos a preços exclusivos, por exemplo. Estratégia que aumenta o volume de vendas e, principalmente, fideliza o cliente.
Eder Balbino é cientista de dados e co-fundador da Gaio.