A cada dia, as pessoas são bombardeadas por histórias, seja por amigos ou desconhecidos nas ruas e, agora, nas redes sociais. A todo o momento, se deparam com algo a ser contado. Tanto que, hoje, muitos estão se tornando grandes divulgadoras de seus momentos, o que tornou um hábito da atual vida virtual. Percebendo esse interesse dos consumidores, bem como o novo comportamento online, as empresas vêm aumentando as atenções para uma estratégia de marketing que lhes permite contarem suas próprias narrativas, o storytelling. “A ferramenta está sendo amplamente usada pelas organizações para estabelecer um vínculo intuitivo e emocional com os stakeholders”, comenta Luciana Silva Gonçalves, diretora de marketing e soluções da Algar Tech.
Segundo ela, entre as vantagens do storytelling é o fato de ser uma alternativa a mais para as empresas de conquistarem a atenção de seus clientes e fazerem com que despertem interesse pela marca. “Todos somos abordados por grandes quantidades de dados diariamente e a ‘contação’ de casos simplifica a mensagem e consume menos tempo das pessoas”, explica.
Ainda assim, Luciana conta que a técnica divide a opinião de alguns negócios. Por estarmos em uma fase de comunicação cada vez mais simples, rápida e emocional, muitos investem nela, pois consideram que se encaixa em todas essas características e a consideram como tendência de mercado. Já há outros que não acreditam nesta ideia, porque a comunicação deve ser feita da forma mais intuitiva possível, direta. “Esse segundo grupo acredita que precisamos começar pelo ‘fim’ e reforçar com storytelling, quando necessário.” Ou seja, o storytelling pode ser uma ferramenta utilizada em diferentes momentos, só irá depender da sua aplicação e do tempo envolvido na comunicação.
A eficiência e a influência da estratégia também são motivos para o seu crescimento entre as organizações, uma vez que é um caminho para moldar a identidade e cultura da marca com o consumidor. Junto com ela, outras técnicas também são utilizadas, como o cool huntig – que é a observação mais profunda do comportamento do público, mercado e tendências, e o marketing de conteúdo. “Além disso, é uma ferramenta que gera conteúdo e aprendizado e vai além de uma peça tradicional de venda”, diz a diretora. Mais do que isso, é uma solução intuitiva, que pode servir para aproximar clientes de forma mais interativa, o que aumenta também o engajamento. Dessa maneira, o público tem a possibilidade de conhecer melhor a empresa – e não somente ela conhecer mais profundamente o cliente, estreitar negócios e vendê-la para os outros. “Pode contribuir, também, na educação e engajamento da própria força de vendas. Quando os cases de clientes estão traduzidos de forma simples, facilita o entendimento do valor gerado para o próprio vendedor.”
Para que o storytelling seja bem sucedido para a empresa, Luciana afirma que é preciso completar alguns passos, como: ter uma estratégia bem definida de posicionamento e proposta de valor da organização; um conteúdo relevante para contar; alinhamento entre todas as ações e ferramentas de marketing; encontrar uma identidade da empresa que pode ser desdobrada; e ter uma equipe de execução conectada ao propósito. No caso da Algar Tech, a executiva ressalta que o storytelling é fruto de um processo que vem desde o ano passado, cuja intenção foi o fortalecimento do marketing digital na empresa. Assim, a técnica serve, hoje, tanto para o público interno, quanto clientes e prospects na apresentação de cases. “O Grupo Algar também está usando essa ferramenta no movimento Gente Servindo Gente, contando histórias que remetem ao propósito e ao nosso jeito de ser e de servir à comunidade e clientes”, finaliza.