Valorização do capital humano

João Gonçalves Filho
Muito se tem discutido sobre os reais ingredientes da empresa competitiva em mercados globalizados e múltiplos são os parâmetros de sucesso a serem utilizados pela empresa para sobrevivência no mercado atual.
A grande constatação é que vivemos em tempo de convergência. O mundo desprezou o paradigma da era industrial, distanciou o cliente da empresa, afastou a cultura do fazer pensar e passamos a viver na “era da convergência”, ou seja, buscar insistentemente equilíbrio entre o capital e o trabalho, o intelecto e a intuição, o lucro financeiro e o lucro social.
Afinal, o que entendemos por convergir? Num conceito mais amplo, implica na reconstrução das relações humanas, sociais e empresariais. Para o Profº Cézar Sousa, no seu livro – “Você é do tamanho de seus sonhos”, o sucesso da empresa moderna passa por um tríplice equilíbrio direcionado para a realidade dos novos tempos. Buscar tal convergência, afirma, constitui-se o grande desafio da empresa competitiva.
Para a empresária Luiza Helena Trajano Inácio Rodrigues, do Magazine Luiza, a grande reformulação dos seus objetivos empresariais passou por duas vertentes essenciais: colocar o cliente no centro das atenções da empresa e estimular o empreendedorismo interno, ambos como capitais maiores e indispensáveis para uma empresa de sucesso. “Meu sonho sempre foi ter uma empresa em que o capital financeiro caminhasse junto com o capital humano. O maior obstáculo à sua realização é a dificuldade de equilibrar esses dois mundos” – afirma a empresária Luiza Helena. Essa visão empresarial é, certamente, a grande equação de sucesso da empresa vitoriosa.
Um outro ponto relevante no processo de valorização do capital humano é definir estratégias ou programas que possam motivar o corpo funcional da empresa. A constatação nas melhores empresas aponta para onde vai o dinheiro nesta fase de investimentos, na geração de lucros a partir da existência de colaboradores motivados, devidamente, capacitados e mais satisfeitos.
Um outro ângulo dos recursos humanos é definir, a cada momento, o clima organizacional que passa a ser realizado no ambiente corporativo para detectar insatisfação, que gera problemas internos, os mais diversos, como: baixa produtividade entre os funcionários, marketing negativo da empresa pelos colaboradores, mal atendimento aos seus clientes, desinteresse pelo sucesso da empresa, enfim, “corpo mole” no cumprimento das tarefas ditadas pela empresa. A preocupação dos gestores da área de Recursos Humanos em saber o que acontece com os seus colaboradores, detectar eventuais descontentamentos, falhas de relacionamentos entre líderes e gestores maiores da empresas há de ser uma avaliação crescente para que a empresa possa ser competitiva e inovadora em mercados globalizados. Consequentemente, o “clima organizacional” deve ser monitorado, frequentemente, para se definir como andam as relações entre os profissionais no trabalho e adoção das medidas preventivas de insatisfação entre colaboradores da empresa.
Como síntese conclusiva, vivenciamentos, no momento, o fim da estrutura rígida no trabalho, com um chefe e supervisor controlando tudo – afirma Dr.: Fábio Mandarano, gerente de Capital Humano da Deloitte Touche Tohmatsu. A gestão participativa entre gestores da empresa e colaboradores passou a ser um ponto relevante da sobrevivência da empresa na modernidade.
João Gonçalves Filho (Bosco) é administrador de Consórcio. ([email protected])

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