O índice de consumidores que pretendem comprar no quarto trimestre de 2009 é o maior da década de 2000. É o que revela a Pesquisa Trimestral de Intenção de Compra no Varejo, realizada pelo Provar – Programa de Administração do Varejo & LABFIN – Laboratório de Finanças, da FIA – Fundação Instituto de Administração, em parceria com a Felisoni Consultores Associados. De acordo com o estudo, a intenção de compra de bens duráveis para o trimestre outubro/dezembro deste ano registrou aumento de 4,3% em relação ao quarto trimestre do ano passado, e de 3,8% em relação ao terceiro trimestre de 2009.
Dentre as categorias avaliadas para este quarto trimestre, os itens de cine e foto lideram as intenções de compra com 14,4%, seguidos pelos produtos de informática com 12,8%, e os segmentos de eletroeletrônicos e telefonia e celulares que ocupam, praticamente juntos, a terceira colocação com 10,8% e 10,6% de intenção, respectivamente. Em relação ao trimestre anterior apresentaram aumento de intenção de compras as linhas de cine e foto, eletroeletrônicos, telefonia e celulares, cama, mesa e banho e os eletroportáteis. Quanto às expectativas de gasto, a categoria Automóveis apresentou queda significativa. No terceiro trimestre deste ano, os consumidores tinham a intenção de gastar, em média, R$20.821,00, já para o quarto trimestre esse valor caiu para R$16.667,00 – uma retração de 24,9%.
Segundo Claudio Felisoni de Angelo, coordenador geral do Provar, a pesquisa também evidenciou maior intenção de uso de crédito para o pagamento das compras para quase todos os segmentos avaliados. “Os resultados indicam a manutenção da tendência de crescimento das vendas de varejo e uma novidade: a menor restrição do consumidor em relação a utilização do crédito em suas compras”, comenta.
A pesquisa também apontou estabilidade na intenção de compras pela Internet em relação ao trimestre anterior, com 86% dos entrevistados declarando intenção de comprar pelo menos um item dos segmentos consultados. Quando comparado com o quarto trimestre de 2008, o índice evidencia uma redução de 5,4%.