Procurar por diferentes formas de contato com clientes e métodos de venda tem sido um desfio para as empresas, ainda mais no atual cenário de crise e de descrédito dos consumidores. Assim, a busca está em achar aquele caminho que, de preferência, possa aumentar os lucros e também a aproximação com os clientes. Para muitas empresas, principalmente as voltadas para o setor de cosméticos, a opção está sendo investir em venda direta. “Esse é um dos canais mais importantes para o segmento, principalmente, por sua capilaridade e facilidade de levar o produto até o consumidor”, afirma Telmo Campos, gerente de novos negócios da Mahogany. “Hoje, são poucas as empresas do segmento que não estão também na venda direta.”
Para o executivo, no caso da Mahogany, estar presente na venda direta traz diversas vantagens. Ao aumentar a capilaridade da empresa, também é possível crescer o conhecimento dela entre os consumidores, já que haverá mais pessoas divulgando seus produtos, sejam revendedoras ou clientes. Com isso, também são maiores as chances de aumentar a base de clientes, uma vez que poderão ser conquistados com a praticidade que o serviço oferece. “Sem contar a maximização dos resultados, criando um novo canal e otimizando custos”, completa. “O relacionamento com o consumidor é mais próximo e direto, facilitando o contato e amostragem dos produtos da marca. Os clientes estão ávidos por novidades e sempre buscam produtos de qualidade.”
Por conta, justamente, do tipo de contato estabelecido entre vendedora e cliente, que, em muitos casos, já possui uma aproximação maior se comparado com outras formas de vendas, a gestão e a fidelização de clientes podem ser mais efetivas, proporcionando às empresas laços mais bem estruturados com os clientes. Mas, para que haja sucesso, o Campos é direto: é preciso ter um formato definido e trabalhado, por toda cadeia, que deve ser claro, assertivo e focado no relacionamento entre marcas e revendedores. “A chave para o sucesso da venda direta é a qualidade do produto oferecido e o relacionamento Marca x Revendedor x Cliente, juntamente com regras claras e objetivas para o negócio.”
UM MERCADO FORTE
No Brasil, atualmente, o mercado da venda direta conta com mais de 4,5 milhões de pessoas em sua força de vendas, gerando cerca de oito mil empregos diretos e, só em 2013, atingiu US$ 14,6 milhões de dólares em volumes de negócios, segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas, ABVED. Dessa forma, o país ocupa a quarta posição no ranking da World Federation of Direct Selling Associations (WFDSA), ficando atrás, apenas, dos Estados Unidos, Japão e China. “Este método ganha ainda mais relevância em momentos de crises econômicas, pois muitas pessoas precisam de renda complementar e, assim, o canal cresce mais rápido”, adiciona Campos.