O setor de vendas diretas continua aquecido e em franco crescimento, em contrapartida à produção industrial, que apresentou queda de 1,2%, conforme dados recentes divulgados pelo IBGE. De acordo com a Abevd (Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas), este segmento movimentou R$ 2,4 bilhões nos três primeiros meses de 2005, 23% acima que o mesmo período de 2004. Descontada a inflação, o crescimento líquido foi de 14%.
O número de revendedores de artigos porta a porta também cresceu. “Houve um crescimento de 7% no número de revendedores cadastrados; atualmente são mais de 1,5 milhão de pessoas que ajudam a movimentar a economia do País”, conta Rodolfo Guttilla, presidente da Abevd.
Guttilla revela, ainda, que o rendimento médio do revendedor também apresentou boa performance. Ele conta que os ganhos estão na ordem de R$ 711,92 no primeiro trimestre, contra R$ 647,99 do mesmo período do ano passado, aumento de 10%. Conseqüentemente, a produtividade desses profissionais cresceu. Houve um aumento de 29% no volume de itens comercializados, o que pode indicar que os artigos de vendas diretas estão mais presentes na vida dos brasileiros. “Foram 208 milhões nos primeiros três meses de 2004, ao passo que no período compreendido entre janeiro e março de 2005 passaram dos 270 milhões”, completa Guttilla.
Na avaliação da Abevd, o crescimento do setor de vendas diretas deve-se a diversos fatores. Um deles é o investimento das empresas em produtos de alto valor agregado, o que é percebido pelos consumidores. Outro fator é o ingresso de mais revendedores no segmento devido à relação custo-benefício.