Você já disruptou hoje?

Em um momento onde se fala tanto em tecnologia, falar para as empresas investirem em pessoas e humanização parece ser uma falsa indicação. Porém, o palestrante e sócio da Reciclare Qualidade & Treinamento, Edison Andrades, explica como muitos negócios podem estar se prejudicando por isso. “Toda vez que falamos de tecnologia, lembramos de máquina, mas na verdade é um conjunto de conhecimento. E hoje em dia falta muito investimento das empresas no ser humano. Por mais que a gente venha a humanizar a máquina, o ser humano ainda encanta.”
Utilizando de exemplo cases de empresas de sucesso – Waze, Netflix, Whatsapp, entre outras -, o palestrante demonstra que para criar um novo mercado e desestabilizar os concorrentes, as empresas precisam se envolver com as pessoas, pois isso é o que gera confiança. Mas ele lembra que nem sempre foi assim. Já houve tempos onde a indústria e seu marketing eram focados no produto, bem como sua necessidade principal. Em seguida, as propagandas começaram a demonstrar que a indústria estava focada em satisfazer as necessidades do cliente. Atualmente, o foco é “do” cliente, pois é ele que, por meio da sua experiência, vai determinar a reputação da empresa.
Tudo isso fez com que a sociedade chegasse à economia do compartilhamento. Assim, qual é a disruptura que as empresas devem fazer hoje? Simples, é a na gestão de pessoas. “Crie no colaborador o conceito de intraempreendedor. Eles precisam ser os sócios de valores, missão, cultura. O colaborador não pode ser alguém que só se importa em receber o salário no quinto dia útil. O colaborador é um cliente interno. Os donos (mais velhos) não querem perder o poder. E a disruptura é isso,” pontua Andrades, que conclui: “O segredo dos disruptores é fazer sob medida. Fazer para cada um aquilo que ele precisa.”
DEBATE
Após a fala de Andrades, juntaram-se a ele no palco o moderador Marcelo Braga, CEO da Reachr Soluções Inovadoras em RH, e João Pedro Cavalcanti Sant Anna, diretor de atendimento da Oi.  Aproveitando o gancho deixado pelo palestrante, Braga começou questionando se as empresas lembram de ver seus colaboradores como consumidores e seres humanos. Dentro disso, Sant Anna apresentou o GPS – Gente, Processos e Sistemas – e diz que uma empresa precisa manter estes fatores alinhados para prosperar. Além disso, pontuou que é sempre bom existir o questionamento sobre o que motiva a equipe.
Esquentando o debate, o CEO ressaltou ainda como é possível ser uma empresa disruptiva em um País em crise, ao passo que o diretor da Oi respondeu que o movimento de disrupção vem exatamente para isso. Em sintonia com isso, Andrades enfatizou que o modelo de negócio precisa mudar, deixando de ser apenas tempo e salário. “O investimento da disrupção está na média liderança, no modelo de gestão, pois são os agentes transformadores dos colaboradores”, apresenta. Com isso, Sant Anna conclui: “A nova geração precisa de motivação o tempo todo.”

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