A volta do crédito

Após ter recuado por dois meses consecutivos – quedas de 2,5% em janeiro/15 e de 10,7% em fevereiro/15 – a demanda do consumidor por crédito reagiu em março/15. De acordo com o Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito, a quantidade de pessoas que buscou crédito avançou 16,7% em março/15 frente ao mês imediatamente anterior. Também na comparação interanual, isto é, com relação a março/14, houve avanço de 14,9% na busca do consumidor por crédito, fazendo o primeiro trimestre de 2015 encerrar com alta acumulada de 5,9% na demanda do consumidor por crédito, quando comparada com o primeiro trimestre do ano passado.
De acordo com os economistas da Serasa Experian, o resultado positivo de março/15 foi impactado pelo feriado móvel do carnaval, que neste ano caiu em fevereiro – no ano passado, havia caído em março. Assim, tivemos 22 dias úteis em março deste ano contra 18 em fevereiro/15, e 19 em março/14. Fazendo, então, o ajuste por dias úteis, a demanda do consumidor por crédito teria recuado 5,0% em março/15 contra fevereiro/15 e teria apresentado queda de 0,8% perante março/14, refletindo o momento conjuntural adverso à ampliação do endividamento dos consumidores (inflação alta, taxas de juros em ascensão e perspectivas de elevação do nível de desemprego no país).
A demanda do consumidor por crédito cresceu no mês de março em todas as faixas de renda. Para os consumidores que ganham até R$ 1.000 por mês, a alta foi de 16,8% frente a fevereiro/15. Para os que ganham entre R$ 1.000 e R$ 2.000 mensais e os que recebem entre R$ 2.000 e R$ 5.000, os aumentos foram bastante próximos, de 15,6% e 15,3%, respectivamente. O mesmo ocorreu com as faixas de rendas mensais mais altas: 14,8% para os que ganham entre R$ 5.000 e R$ 10.000 por mês e 14,7% para rendas mensais superiores a R$ 10.000 por mês.
Todas as regiões geográficas do país registraram elevações das demandas dos seus consumidores por crédito em março/15. As maiores delas ocorreram no Nordeste (alta de 18,0%) e no Sul (avanço de 17,3%). Em seguida tivemos as altas de 15,7% no Sudeste e de 14,5% no Norte. O menor avanço mensal em março/15 deu-se na região Centro-Oeste: 13,1% frente a fevereiro/15.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima