Cai demanda por crédito

A quantidade de pessoas que buscou crédito recuou 6,0% em novembro/14 na comparação com outubro/14, de acordo com o Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito.  Já na comparação com novembro/13, houve crescimento de 8,8% na procura por crédito. Contudo, no acumulado de janeiro a novembro deste ano, a demanda do consumidor por crédito acumula queda de 1,6% perante o período de janeiro a novembro de 2013.
De acordo com os economistas da Serasa Experian, a menor quantidade de dias úteis em novembro/14 frente a outubro/14 (20 contra 23) impactou negativamente a demanda do consumidor por crédito durante o mês passado. Já em relação a novembro de 2013, a ampliação do prazo máximo para a contratação de empréstimos consignados por funcionários públicos e aposentados/pensionista do INSS, anunciada no início de outubro, e a necessidade de renegociação de dívidas para recuperar o acesso ao crédito, aproveitando o pagamento da primeira parcela do 13º salário podem ter influenciado a maior busca por crédito na sua comparação interanual.
Em todas as faixas de renda houve queda da demanda por crédito em novembro/14 na comparação com outubro/14. As maiores quedas ocorreram nas camadas de rendas mensais mais elevadas: 8,4% para quem recebe entre R$ 5.000 e R$ 10.000 por mês; e 8,3% para aqueles que ganham mais de R$ 10.000 mensais. Para os que recebem entre R$ 2.000 e R$ 5.000 por mês, o recuo foi de 7,9% em novembro/14. Já para aqueles cujo rendimento mensal está compreendido entre R$ 1.000 e R$ 2.000, a queda foi de 7,3%. As menores quedas foram observadas nas faixas mais baixas de renda mensal: recuo de 4,5% em novembro/14 para quem ganha entre R$ 500 e R$ 1.000 e queda de 3,3% para os rendimentos mensais inferiores a R$ 500.
No acumulado do ano (janeiro a novembro de 2014), a maior queda na busca por crédito ocorreu para os consumidores que ganham até R$ 500 por mês (recuo de 17,7% frente a janeiro a novembro de 2013). Os consumidores de mais altas rendas, isto é, os que ganham entre R$ 5.000 e R$ 10.000 e os que recebem mais de R$ 10.000 mensais exibiram recuos quase idênticos: 5,0% e 5,2%, respectivamente. Os consumidores com renda mensal entre R$ 500 e R$ 1.000 exibiram queda de 2,1% e os que ganham entre R$ 2.000 e R$ 5.000 por mês diminuíram em 0,7% suas buscas por crédito nos primeiros onze meses de 2014. Apenas os consumidores cujo rendimento se situa entre R$ 1.000 e R$ 2.000 por mês avançaram sua procura por crédito: alta de 4,1% frente ao período de janeiro a novembro do ano passado.
A região Sudeste registrou recuo de 7,9% na busca dos seus consumidores por crédito em novembro/14. Foi a maior queda dentre as demais regiões. No Norte, a queda foi de 6,3% em novembro/14. Na região Sul o recuo foi de 4,5% ao passo que no Centro-Oeste a queda foi de 4,3%. A menor retração ocorreu no Nordeste, com os seus consumidores diminuindo suas buscas por crédito em 2,8% em novembro/14.
A queda da procura por crédito no acumulado de janeiro a novembro de 2014 foi mais expressiva na região Sul (-4,5%), seguida pela queda de 3,9% verificada na região Norte. Na região Nordeste, o recuo foi de 2,9% ao passo que na região Sudeste, a demanda do consumidor por crédito caiu 1,0%. A região Centro-Oeste é a única que exibe alta no acumulado do ano (janeiro a novembro) em termos da demanda dos seus consumidores por crédito: expansão de 5,5% frente ao mesmo período do ano passado.

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Cai demanda por crédito



A demanda do consumidor por crédito abriu 2010 em queda. Conforme o Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito, após dois meses consecutivos de alta (nov/09 e dez/09). Embalados pelas festas de final de ano e pelo ingresso do 13º salário na economia, a quantidade de pessoas que procurou crédito no mês de janeiro de 2010 caiu 1,1%, relativamente ao mês imediatamente anterior.

 

Em relação a janeiro/09, a demanda do consumidor por crédito avançou 14% decorrente, basicamente, da base reduzida de comparação, dado que no primeiro trimestre de 2009 o mercado de crédito estava bastante retraído, a confiança dos consumidores estava baixa e a economia brasileira encontrava-se em recessão. Este efeito da base mais fraca de comparação, proporcionando variações anuais elevadas, somente começará a se atenuar a partir do segundo trimestre deste ano.

 

Com exceção da faixa de renda pessoal mensal compreendida entre R$ 1.000,00 e R$ 2.000,00, cuja demanda por crédito cresceu 0,4% em janeiro, todas as demais faixas de rendimento apresentaram queda na procura por crédito no mês passado. Cabe notar que as quedas mais acentuadas foram observadas nas camadas de menor rendimento. Com efeito, a retração foi de 1,0% nos consumidores cuja renda pessoal mensal é de até R$ 500,00 e de 3,1% nos consumidores cuja renda mensal vai de R$ 500,00 a R$ 1.000,00.

 

Na outra extremidade da pirâmide social, as variações ocorridas em janeiro foram de -0,6% (consumidores com rendimento mensal entre R$ 2.000,00 e R$ 5.000,00) e de -0,5% (consumidores com renda pessoal mensal entre R$ 5.000,00 e R$ 10.000,00 e consumidores com renda superior a R$ 10.000,00 por mês).

 

Na comparação anual, isto é, contra o mesmo mês do ano anterior, a demanda por crédito na baixa renda (consumidores cujo rendimento pessoal mensal é de até R$ 500,00), registrou alta de 1,9% em janeiro de 2010 perante janeiro/09. Foi a primeira variação positiva, neste critério de comparação, desde novembro de 2008. Foram 13 meses consecutivos de variações anuais negativas (entre dezembro/08 e dezembro/09).

 

Análise por região

As regiões Norte e Nordeste, com variações de -7,9% e -4,8%, foram os destaques da queda na procura por crédito observada em janeiro de 2010, frente ao mês imediatamente anterior (dezembro/09). Como, na comparação mensal, a retração maior na demanda por crédito em janeiro ocorreu nas camadas de renda mais baixa e, como nestas regiões a renda per capita é mais baixa que nas demais regiões, é natural que o Norte e o Nordeste tenham registrado as maiores quedas da procura por crédito no mês passado.

 

Além destas, os consumidores da região Sul também retraíram a sua procura por crédito no mês passado (queda de 2,5% frente a dezembro/09). Apenas o Sudeste (alta de 1%) e o Centro-Oeste (alta de 0,7%) registraram crescimento, ainda que reduzido, na procura dos seus consumidores por crédito em janeiro/2010.

 

Na comparação anual, tendo em vista o mesmo problema da base reduzida de comparação, em todas as regiões brasileiras, o crescimento da procura por crédito por parte dos consumidores não foi menor que 10%, indo de 10% (Norte) até 15,6% (Centro-Oeste).

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