Autor: Diego Torres Martins
Nos mais variados ambientes, a tecnologia já esta presente no nosso dia a dia. Pela Internet, fazemos compras, investimentos, pagamos contas, contratamos os mais variados serviços, nos relacionamos com amigos, acessamos informações do mundo todo, etc. Quando entramos no ambiente corporativo e no segmento financeiro, o peso da tecnologia torna-se ainda mais essencial. Cada vez mais, os documentos eletrônicos ganham espaço, não só pela agilidade que traz para todo o sistema, como também por benefícios adicionais, como combate e inibição às fraudes.
Entre todos os processos e atividades desenvolvidas pelas instituições financeiras, as operações de crédito estão entre as principais atividades relacionadas ao “core business” destas entidades. Avaliar o perfil do cliente, receber e analisar documentos, formalizar o processo e liberar os recursos estão no cerne das preocupações dos bancos.
Em 2010, segundo dados do Banco Central, as operações de crédito para pessoa física e jurídica somaram R$ 880,080 bilhões. Somente para pessoa física foram R$ 417,347 bilhões. Entre as principais modalidades para pessoa física, destacam-se as operações de crédito pessoal. Sozinhas estas transações responderam por R$ 204,890 bilhões em volume de crédito. Em segundo lugar, ficam as operações de crédito para financiamento de veículos, com R$ 140,339 bilhões. O cartão de crédito fica com a terceira posição, com R$ 29,170 bilhões, seguidos pelo cheque especial (R$ 16,262 bilhões), aquisição de outros bens (R$ 10,354 bilhões) e financiamento imobiliário (R$ 7,358 bilhões).
Nos processos de concessão, para confirmar a veracidade das informações, hoje, as instituições solicitam uma série de documentos, que incluem análise cadastral, financeira, idoneidade e análise patrimonial. Cumprir e ter acesso a todos os documentos é um processo extremamente necessário, porém que demanda tempo e investimentos. Considerando principalmente que as análises de crédito, na maioria das instituições, são realizadas por uma central, o processo acaba se tornando caro e demorado. De modo geral, podemos ressaltar os gastos com cópias, transporte, pessoal e arquivo.
Questões como segurança e agilidade sempre estiveram entre as principais preocupações das instituições financeiras, buscar formas de agilizar este processo e reduzir custos, sem abrir mão da segurança necessária, está entre os grandes desafios das instituições. Com o crescimento econômico brasileiro, aumento do poder de aquisição da classe média e crescimento das classes C e D, o acesso ao crédito também tem sido gradualmente facilitado, o que demanda ainda mais equipe e investimentos para tornar o processo rápido e eficiente.
Neste contexto, os investimentos em tecnologia chegam para solucionar dilemas como morosidade, custos com transporte, além do grande volume de arquivos físicos. A digitalização de documentos aparece como uma das alternativas mais promissoras e eficientes para tornar o processo de análise e concessão de crédito mais rápido e seguro, contribuindo também às questões de sustentabilidade e preservação do meio ambiente.
A digitalização de documentos pode reduzir desde os gastos com as cópias físicas, como com o transporte e o armazenamento físico dos documentos. Ou seja, poupa-se tempo e dinheiro (e muito dinheiro). Sem dúvida, a digitalização de documentos chegou para redefinir as operações financeiras, resultando em benefícios às próprias instituições e aos respectivos clientes, com o aumento de segurança, agilidade e facilitações operacionais.
Como toda mudança de cultura, adotar a digitalização em um dos processos que está diretamente relacionado ao core business das instituições financeiras é um processo lento e que demanda um período de transição importante. Porém, os paradigmas já começaram a ser quebrados. Algumas instituições já saíram na frente. Agora, é acompanhar a evolução e os próximos capítulos desta trajetória.
Diego Torres Martins é presidente da Acesso Digital