O Indicador Serasa Experian de Perspectiva do Crédito às Empresas recuou 0,5% em março de 2011, a sexta queda mensal consecutiva deste indicador, atingindo o valor de 100,8.
Este resultado sinaliza que os ambientes fiscal e monetário mais restritivos (implementação dos cortes no orçamento da União e juros mais elevados), devendo provocar uma desaceleração mais significativa da atividade econômica, especialmente durante o segundo semestre deste ano, também exercerão efeitos sobre o crédito voltado à atividade produtiva. Com efeito, em um cenário de crescimento menos acelerado da economia brasileira, a demanda das empresas por capital de giro tende a ser mais moderada, observam os economistas da Serasa Experian.
O Indicador Serasa Experian de Perspectiva do Crédito ao Consumidor ficou estável em março de 2011, atingindo o mesmo patamar de fevereiro (99,6 pontos). A estabilidade deste indicador, após uma sequencia de 11 recuos mensais seguidos, sinaliza que o crédito ao consumidor deverá, ao longo dos próximos meses, prosseguir na sua trajetória de gradual desaceleração, delineada a partir do final do ano passado.
A adoção de medidas macroprudenciais, a elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), a elevação dos níveis de inadimplência e a atual trajetória de aumento da taxa básica de juros (taxa Selic) que, conforme descreveu a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), deverá persistir por um período prolongado, contribuirão para moderar o ritmo de expansão do crédito ao consumidor durante os próximos meses, salientam os economistas da Serasa Experian.