O crédito total do sistema financeiro, incluindo operações com recursos livres e direcionados, atingiu R$ 2,83 trilhões em julho de 2014, conforme relatório mensal do Banco Central do Brasil divulgado em 26 de agosto. O volume cresceu 0,2% em relação a junho e 11,4% em comparação com o mesmo mês de 2013.
O total de crédito destinado à pessoa física somou R$ 1,33 trilhão em julho, o que representa um crescimento de 0,5% na passagem de junho para julho e de 13,5% na comparação anual. Desse total, os recursos livres movimentaram R$ 759,8 bilhões, com crescimento de 0,2% em relação a junho e de 5% em 12 meses.
O saldo dos cartões de crédito chegou a R$ 145 bilhões em julho, crescimento de 12,1% quando comparado com o mesmo período de 2013 e de 0,6% na comparação mensal.
A participação do saldo dos cartões em relação ao volume total de crédito de recursos livres à pessoa física subiu de 17,8% para 19,1%, entre julho de 2013 e julho de 2014.
Em julho, o saldo de cartões em operações sem juros cresceu 11,7% em relação ao mesmo período de 2013, chegando a R$ 104,5 bilhões – o que representa 72% de todo o volume de cartões de crédito no mês. Isso significa que o consumidor usa cada vez mais o cartão como meio de pagamento, usufruindo o prazo de até 40 dias sem juros para pagar a fatura e o parcelado sem juros da loja.
No âmbito das transações com juros, que representam 28% do saldo de cartões, houve aumento da participação do parcelamento da fatura e da compra parcelada com juros, que cresceram em conjunto 22% em julho – na comparação anual – e hoje representam 29,8% do saldo de cartões com juros (a fatia era de 27,7% em julho de 2013).
O crédito rotativo, por sua vez, cresceu 10% e vem perdendo espaço ano a ano, resultado do uso consciente do cartão pelos consumidores e de ações preventivas dos emissores, incentivando a educação financeira e disponibilizando linhas de financiamento alternativas, como o parcelamento da fatura.
O índice de inadimplência dos cartões de crédito apresentou uma pequena variação em julho de 2014 e chegou a 7%, permanecendo, no entanto, entre os menores patamares da série histórica.