Desafios e oportunidades da crise

O crescimento do mercado de consórcios em 2015 foi significativo, chegando a 41,5% na aquisição de imóveis, segundo a Abac, Associação Brasileira das Administradoras de Consórcios. E a expectativa para esse ano é de que o momento positivo permaneça, mesmo diante da crise. Para o coordenador do curso de ciências contábeis da Faculdade Santa Marcelina, Reginaldo Gonçalves, esse crescimento se dá porque as outras modalidades de financiamento estão com taxas de juros muito elevadas, ao contrário da modalidade consórcio que é bem menos onerosa.

Assim, o momento ajuda, pois é justamente com a piora da crise, aumento do desemprego e da inflação, que o consórcio como uma espécie de poupança para o futuro surge como uma oportunidade para administradoras e consumidores. Para Gonçalves, o agravamento da crise torna o consórcio uma alternativa interessante. “Se continuar a escalada de juros da forma como vem apresentando e a expectativa de manutenção de 2 dígitos da inflação o desestímulo na compra a vista ou parcelada será significativa fazendo com que o consórcio possa ser uma alternativa de poupança para aquisição de bens, seja por lance ou sorteio”, afirma o professor.

Mas, a crise, apesar de trazer oportunidades, também pode trazer desafios, já que os consumidores estão mais receosos ao adquirir compromissos financeiros. Para o professor, as administradoras devem trabalhar para convencer o consumidor das vantagens da modalidade. “Popularizar e dar maior informação aos futuros consorciados com relação aos benefícios que poderão ter na realização de sonhos com o não pagamento de juros e minimizar o lado negativo que é o pagamento da taxa de administração que encarece o produto”, completa Gonçalves.

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