É preciso cautela

O crédito empresarial é fundamental para o desenvolvimento de qualquer país e, no Brasil, não é diferente. No entanto, o ano de 2015 foi difícil para o país e o setor de crédito para pessoa jurídica acabou sendo afetado. “As altas taxas de juros e os prazos muito curtos limitam o seu impacto. O ano de 2015 foi muito difícil e 2016 tende a ser semelhante”, afirma José Roberto Securato Junior, diretor da Saint Paul Advisors.
Ao contrário de outros anos, nem mesmo a época de festas que acontece em dezembro deve ser um incentivo aos empresários para motivar a busca de crédito. “Em um ano normal, o aumento do crédito empresarial teria, sim, relação com as oportunidades que se apresentam no período das festividades. No entanto, os desafios atuais (o cenário macroeconômico e as incertezas políticas) inibem investimentos e tomada de risco”, comenta Securato. O executivo afirma também que o mercado tem agido com cautela em meio ao cenário de restrição. Em relação às empresas que ainda buscam crédito, mesmo com a insegurança do mercado, Securato afirma que, no geral, elas pretendem financiar capital de giro, repassar crédito para os consumidores (realizar vendas com mais parcelas) e antecipar o pagamento de fornecedores.
Já sobre as perspectivas futuras, o especialista afirma que no começo de 2016 ainda não se deve notar grandes mudanças no cenário. No entanto, a expectativa ficará para o fim do ano que vem. “Será que a perspectiva muda? Será que as taxas começam a cair no fim do ano que vem?”, questiona. Diante disso, o executivo ressalta que, em meio ao cenário econômico atual, é importante pensar no futuro. “Os bancos estão cautelosos com a situação macroeconômica e monitorando de perto a evolução do risco de seus clientes, que pode mudar muito rapidamente. Hoje, é mais importante a direção que uma empresa está seguindo do que a sua situação atual. O filme é mais importante que a foto”, completa.

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