Encolhe saldo de financiamento de veículos

A ANEF consolidou o saldo total das carteiras para a aquisição de veículos em dezembro de 2014: R$ 212,7 bilhões, registrando queda de 7% em relação ao verificado em dezembro de 2013. Na avaliação da entidade, o ano foi marcado pelo cenário econômico que impactou a concessão de crédito para o financiamento de veículos. Entre as modalidades de crédito, verificou-se uma queda de 4,7% no saldo das carteiras de CDC (crédito direto ao consumidor), com o total de R$ 204,4 bilhões no final de 2014. O leasing, em queda livre nos últimos anos, alcançou R$ 8,3 bilhões, com retração de 40,8% em comparação a dezembro de 2013.
O destaque positivo em 2014 foi o leve aumento de 1,3% no volume de recursos liberados, proporcionando um montante de R$ 118,9 bilhões ante R$ 117,5 bilhões verificados em 2013.  O CDC foi responsável por puxar este aumento com volume de R$ 115,6 bilhões, alta de 1,4% sobre 2013. No caso do leasing houve uma retração de 3,9%, com um total de R$ 3,3 bilhões liberados em 2014.
O índice de inadimplência também obteve bom desempenho e, mais uma vez, fechou em queda. Em dezembro de 2014 verificou-se 3,9% de inadimplência para pessoa física sobre o saldo da carteira de financiamento, significando retração de 1,3 p.p. em relação ao mesmo período de 2013. Porém, a partir de 2015, a curva que apresentou queda significativa nos últimos dois anos deverá reverter esta tendência. “Em janeiro, a taxa já foi maior do que a vista um ano antes. Infelizmente, o novo cenário econômico faz supor que o volume de pagamentos em atraso voltará a crescer nos próximos meses”, comenta Décio Carbonari, presidente da ANEF.
Outra dificuldade que se observa está no aumento de juros.  O ano encerrou com taxas mais elevadas em comparação ao acumulado de 2013. Em dezembro daquele ano, a ponderação média das taxas praticadas pelas associadas da ANEF era de 1,27% ao mês, subindo para 1,40% no fim de 2014. As taxas anuais também apresentaram alta no período: de 16,35% para 18,16%. Na visão de Carbonari, os juros devem seguir o movimento acompanhando a taxa Selic.

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