O Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas registrou queda de 9,7% na comparação entre os primeiros três meses de 2010 contra o mesmo período de 2009. No índice anual, março deste ano ante março de 2009, também há queda, de 6,3%. Na análise mensal – março comparado com fevereiro 2010 -, a inadimplência das empresas experimentou evolução de 26,4%, puxada pelos protestos e cheques devolvidos por falta de fundos.
As grandes empresas foram as responsáveis pela redução na comparação anual, com recuo de 26,2% na inadimplência. O decréscimo foi menor entre as médias empresas, com 16,9%, e ainda mais reduzida entre as pequenas, com 4,8%. Em termos de valores, os cheques devolvidos por falta de fundos tiveram forte alta entre o primeiro trimestre de 2010 e 2009, atingindo o valor médio de R$ 1.975,84, uma elevação de 37,1%. Já o valor médio dos protestos caiu 13,7% no mesmo período, ficando em R$ 1.556,65. O valor médio das dívidas não honradas com bancos sofreu uma alta leve de 5,4%, e ficou em R$ 4.803,82.
A perspectiva é de que a inadimplência das empresas continue regredindo, pela recuperação gradual da oferta de crédito e pelo crescimento econômico. O início do ciclo de aperto monetário para conter a inflação, em abril, não impacta a insolvência das empresas e deve orientar o crescimento do país, de 5%, esperado para o segundo semestre de 2010.