Inadimplência é menor no Sudeste

Em janeiro desse ano, a região Sudeste apresentou um crescimento de 1,38% na quantidade de pessoas com dívidas em atraso, em relação a janeiro do ano passado. Apesar do aumento, o resultado representa o menor avanço registrado entre as cinco regiões pesquisadas. O dado é do Indicador Regional de Inadimplência do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
De acordo com o indicador, o aumento no número de devedores foi mais expressivo na região Centro-Oeste (4,72%), seguida da região Norte, onde a alta foi de 4,33%. Em seguida aparecem as regiões Nordeste (3,09%), Sul (3,0%) e Sudeste (1,38%), as únicas que registraram crescimentos abaixo da média do Brasil, que em janeiro foi de 3,12%.
Assim como ocorreu nos meses anteriores, em janeiro o Sudeste concentrava a maior fatia de devedores no país (39,76%), seguido pela região Nordeste, com participação de 26,23% no total de pessoas com dívidas em atraso. Em terceiro e quarto lugares aparecem o Sul (13,03%) e o Norte (8,95%). Por último, o Centro-Oeste, que concentra 7,90% dos consumidores negativados. 
Por outro lado, as regiões que mais contribuíram para alta nacional de 3,12% do indicador foram o Nordeste (0,81 ponto percentual) e o Sudeste (0,56 ponto percentual). “Apesar de essas duas regiões apresentarem crescimentos abaixo da média do Brasil, ao mesmo tempo respondem pelas duas maiores fatias do total de consumidores inadimplentes no país”, explica Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil.
COMUNICAÇÃO LIDERA DÍVIDAS

O número de dívidas em atraso cresceu em todas as cinco regiões pesquisadas. No país, a alta foi de 2,40%. A abertura dos dados por setor credor da economia mostra que o segmento de Comunicação (telefonia, internet, TV a cabo, entre outros serviços) lidera o crescimento no número de dívidas no Brasil. Em janeiro de 2015, a quantidade de dívidas com empresas deste segmento cresceu 9,84% na média nacional, em relação a janeiro de 2014. A segunda maior variação ficou por conta das concessionárias de Água e Energia Elétrica (8,35%). Também merece destaque o setor de Comércio, com retração de 0,54%. De acordo com o indicador regional, Norte e Nordeste foram as regiões onde as dívidas do setor de Comunicação mais avançaram: 36,17% e 18,59%, respectivamente. Foi também no Nordeste que o setor de Comércio sofreu a maior retração no número de dívidas, de 3,50%.
Já o setor de Bancos concentra a maior parte das dívidas em todas as regiões do país, com exceção do Norte, onde o setor que mais agrega dívidas é o comércio. No Sudeste, o setor bancário abrange 56,85% das dívidas em atraso. “É um dado muito expressivo. Mais da metade das dívidas nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro estão nas mãos dos bancos”, afirma Kawauti.

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