Os números de financiamentos de veículos não apresentam sinais de recuperação nos últimos meses do ano. Em contrapartida, os índices de inadimplência também perderam a força, o que deixaram os bancos de montadora mais otimistas. Na avaliação da Anef, Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras, esta foi a boa notícia de 2013 e, provavelmente, um indício de que o cenário brasileiro pode ser interessante durante 2014, ao menos para o setor de crédito automotivo.
A liberação de recursos para financiamentos continuou refletindo a indefinição sentida nos últimos meses do ano nas vendas de veículos. Com isso, os recursos liberados, que haviam apresentado considerável alta no mês anterior, retrocederam mais uma vez. Em novembro, foram concedidos R$ 9,6 bilhões, valor 8,5% menor que o de outubro, que somou R$ 10,5 bi. O saldo total da carteira de financiamentos apresentou recuo de 0,2% em novembro, atingindo R$ 229,4 bilhões. Na comparação com o mesmo período de 2012, quando alcançou R$ 241 bi, a queda foi de 4,8%.
Porém, a falta de pagamento de contratos de financiamento (CDC) acima de 90 dias, no caso de pessoa física, apresentou queda de 0,1 p.p em novembro, ficando em 5,3%. Os atrasos acima de 30 dias tiveram a mesma redução, passando de 8,1% para 8%. Para o presidente da Anef, Décio Carbonari de Almeida, as seguidas quedas de inadimplência mantêm a expectativa de que o mercado de financiamento de veículos apresente recuperação em 2014. “Esta sensível melhora nos índices de inadimplência poderá contribuir para que as instituições introduzam alterações em suas respectivas políticas de crédito, permitindo certo alívio na rigidez das avaliações das propostas”, avalia.