A inadimplência das pessoas jurídicas cresceu 2,9% em julho, conforme revela o Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas. O levantamento também verificou elevações nas comparações anual e acumulada. Na relação entre julho e igual mês do ano anterior, o avanço foi de 4,6%, ao passo que na relação entre os acumulados de janeiro a julho de 2013/2012, foi de 1,8%.
Para os economistas da Serasa Experian, a elevação da inadimplência das empresas em julho, frente a junho, é fruto de uma conjuntura desafiadora, fundamentada na baixa atividade econômica, na valorização do dólar, que aumenta o endividamento das empresas comprometidas nessa divisa; nos juros altos, que tornam o capital de giro mais caro; no crédito mais seletivo, que dificulta especialmente o acesso das micro e pequenas empresas; e, por fim, no mau desempenho do mercado acionário, afetando o resultado de vários negócios.
Valor médio das dívidas
Nos primeiros sete meses do ano, as dívidas não bancárias (cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica e água) tiveram um valor médio de R$ 812,24, o que representou um crescimento de 4,7% ante igual período de 2012.
As dívidas com bancos, por sua vez, tiveram nos sete primeiros meses de 2012 um valor médio de R$ 5.074,30, resultando em 4,0% de queda na relação com o acumulado de janeiro a junho do ano anterior.
Quanto aos títulos protestados, o valor médio verificado de janeiro a julho foi de R$ 2.042,98, com elevação de 5,3% sobre igual acumulado de 2012.
Por fim, os cheques sem fundos tiveram, nos sete primeiros meses de 2012, um valor médio de R$ 2.492,12, representando um aumento de 13,2% quando comparado com o primeiro semestre do ano anterior.