Mais famílias endividadas

O número de famílias endividadas na capital paulista aumentou pelo segundo mês consecutivo, segundo pesquisa de endividamento e inadimplência do consumidor (PEIC) realizada pela FecomercioSP. Em janeiro, 51,8% das famílias paulistanas possuíam dívidas, uma alta de 1,8 ponto porcentual em relação ao mês anterior. Em relação ao mesmo período um ano atrás, quando o índice 39,3%, o acréscimo foi de 12,5 pontos porcentuais.

Em termos absolutos, o número de famílias endividadas passou de 1,792 milhão em dezembro para 1,857 milhão em janeiro. Na comparação com janeiro de 2015, houve alta de 450 mil famílias com dívidas.

Análise por renda

A proporção de endividados permanece maior entre as famílias de baixa renda, 56,1%, alta de 2,9 pontos porcentuais em relação a dezembro. Já entre as famílias endividadas com renda superior a dez salários mínimos houve redução de 1,4 ponto porcentual em relação ao mês anterior, atingindo 39,3% em janeiro.

Em relação ao prazo das dívidas, a pesquisa revela que 36,6% dos endividados têm dívidas com prazo superior a um ano, 25,6%, de até três meses, 19,6% entre três e seis meses e 16,5%, entre seis meses e um ano.

Famílias inadimplentes

Em janeiro, 17,2% das famílias paulistanas disseram estar com as contas em atraso, proporção muito similar à de novembro e dezembro, mas 6,3 pontos percentuais maior em relação ao mesmo período em 2015, em que o número era 10,9%. Em números absolutos, o total de famílias com contas atrasadas atingiu 615 mil.

Entre as famílias com contas em atraso, 54,2% têm contas vencidas há mais de 90 dias, 22,9% têm contas atrasadas entre 30 e 90 dias e 20,5% do total de famílias está com atrasos de até 30 dias.

Entre as famílias com renda inferior a dez salários mínimos, a proporção de inadimplentes ficou em 20,7%, um ponto porcentual superior ao valor registrado no mês anterior. Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, as famílias de menor renda são mais dependentes de crédito e sofrem mais com a alta dos preços, especialmente de bens essenciais.

Por outro lado, entre as famílias de renda superior a dez salários mínimos, a proporção de endividadas apresentou melhora e passou de 10,8% em dezembro para 8,8% no início do ano.

Em janeiro, 7,2% das famílias endividadas da capital acreditam que não terão condições de pagar total ou parcialmente suas contas no próximo mês. No mesmo mês em 2015, esse percentual era de 4,7%. Em números absolutos, esses dados apontam que há 258 mil famílias nessa situação.

Tipos de dívida

O cartão de crédito permanece como o principal tipo de dívida das famílias paulistanas, citado por 72,6% das endividadas, seguido pelo carnê, citado por 17,3%, financiamento de carro, 16,3%, financiamento de casa, 12,2%, crédito pessoal, 11,2%, e cheque especial, citado por 9,8% das famílias. Em janeiro de 2015, apenas 52,4% das famílias tinham dívidas no cartão.

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