O approach é na recuperação

Com expectativa de expansão mais lenta do crédito não garantido para os próximos anos e de maior rigidez nos financiamentos com o uso do Cadastro Positivo, as recuperadoras devem encontrar práticas mais assertivas, em um mercado cuja concorrência deverá aumentar de forma expressiva nos próximos anos. Em entrevista exclusiva ao Portal Crédito e Cobrança, o economista da Associação Comercial de São Paulo, Marcel Solimeo, aponta são as mudanças que este setor vem trazendo, assim como as perspectivas deste.

ClienteSA – As instituições financeiras estão mais flexíveis para negociar o crédito com o consumidor? 
Solimeo: Regra geral, as instituições financeiras, assim como o varejo, estão sendo mais flexíveis para renegociar os débitos, o que tem contribuído para a desaceleração da inadimplência.
Qual é o perfil preponderante dos inadimplentes? 
Segundo a última pesquisa da Boa Vista Serviços, a faixa entre os 31 a 45 anos é a que concentra 46% dos inadimplentes, maioria homens ( 62%), sendo 41% casados e com nível de escolaridade médio(53%). A predominância dessa faixa etária se explica, em parte, por ser aquela em se observa maiores responsabilidades familiares. 
Quais são os avanços que o mercado de recuperação apresenta? 
A recuperação de crédito vem se tornando nos últimos anos uma atividade altamente profissionalizada, com um enfoque muito mais de     ” recuperação de crédito” do que cobrança, com o uso da tecnologia e de modelos avançados de avaliação de carteiras e de renegociação de débitos.
Quais são as perspectivas para os próximos anos?
As perspectivas são de expansão mais lenta do crédito não garantido para os próximos anos, e de maior rigor na concessão dos financiamentos, com a utilização do Cadastro Positivo. Em consequência, a atividade de recuperação do crédito vai se tornar mais competitiva, exigindo o aprimoramento constante da forma de atuação. 

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