As micro, pequenas e médias empresas, MPEs, são as principais geradoras de emprego e renda no Brasil. Essa afirmação é do Superintendente Nacional de Micro e Pequena Empresa da Caixa Econômica Federal, Dário Castro de Araújo. Nesse contexto, ele afirma que é fundamental apoiar o segmento e ressalta a importância da disponibilidade de crédito para que o cenário possa se manter. “O crédito é uma forma de apoio, pois viabiliza o processo produtivo. Com a redução dos juros no Brasil, o crédito está mais acessível às empresas, em especial as de menor porte”, aponta.
O incremento da economia no País e seu impacto direto na expansão do mercado de concessão de crédito para empresas estimula o desenvolvimento e ações inovadoras no setor, avalia o executivo. “O mercado está em pleno crescimento, o que incentiva a inovação, expansão e modernização das empresas. E isso é fundamental para reduzir o custo da produção brasileira e ampliar a competitividade em relação a concorrentes internacionais e, assim, manter a economia aquecida. O crédito tem o seu papel neste cenário, pois pode ajudar muitas empresas a conquistarem maiores participações no mercado nacional e internacional”.
No entanto, a elevação nas taxas de juros reduz o acesso ao crédito, principalmente às micro e pequenas empresas, que têm menor poder de negociação com as instituições financeiras. Diante deste cenário, Dário Castro chama a atenção para os impactos do acesso ao crédito. “Em primeiro lugar, a empresa deve identificar se a melhor solução para a sua realidade é a contratação de crédito, tanto para capital de giro como para investimento. No caso de capital de giro a solução pode estar relacionada a descompasso no fluxo de caixa em função das datas de recebimentos e pagamentos a forneceres, excesso de estoque, dificuldade de gestão financeira de uma forma geral, dentre outros motivos. No caso de investimento, o cuidado é com a elaboração de projeto, pois muitas vezes, uma empresa tem a perspectiva de retorno muito além das possibilidades do mercado e busca uma linha financiamento com base nos ganhos esperados. Como o projeto estava superestimado, a empresa não tem ganhos que compensem o custos do financiamento contratado e passa a ter dificuldades financeiras, que podem até comprometer toda a estrutura da empresa. Assim, a decisão de contratação do crédito deve ser avaliada de forma bastante realista, ou seja, planejada criteriosamente”, recomenda o executivo.