Com o passar dos anos, as empresas têm entendido cada vez mais a necessidade de investir em tecnologia, independente da área em que atuam. Na análise de crédito essa realidade não poderia ser diferente. Apesar de já adotarem ferramentas que auxiliam nesse processo há algum tempo, as empresas passam a enxergar mais a necessidade de se atualizarem no que diz respeito a essas ferramentas, como afirma Francisco Maradei, gerente de produtos da Serasa Experian. “As empresas perceberam que pra você fazer uma concessão de crédito mais segura e ao mesmo tempo conseguir reduzir custos, você precisa usar tecnologia para otimizar, automatizar, acelerar o processo de concessão de crédito e melhorar a segurança.”
Segundo Maradei, as grandes empresas foram as primeiras a se aprimorarem nessas novas tecnologias. Mas, com a aparição de ferramentas mais baratas, esse investimento também tem sido realizado por menores companhias. “Você tem empresas hoje que fazem muita concessão de crédito, como bancos, varejistas e eles já adotaram essas tecnologias. Mas vemos também muitas indústrias, atacadistas já adotando essas tecnologias. Acho que no mercado, hoje, vemos novas empresas e novas possibilidades de tecnologias mais baratas”, comenta.
O gerente comenta ainda sobre o cenário há alguns anos, quando o processo de adoção de ferramenta era mais caro e mais burocrático. “Antigamente pra você comprar uma ferramenta, você tinha que instalar em seu sistema. Era uma ferramenta cara, que exigia uma infraestrutura da sua área de TI, então era muito mais fácil para uma empresa grande. Hoje, como você tem novas tecnologias, como o software as a service, você não precisa mais instalar nada no seu sistema. Com essas novas tecnologias ficou mais acessível e mais fácil para essas empresas menores adotarem”, explica.
Os ganhos que essas soluções trazem para as operações de crédito, ainda de acordo Maradei, é a redução de custo. O que é um ganho inicial muito rápido porque as empresas hoje precisam manter uma estrutura muito grande para conceder crédito. “Quando uma concessora de crédito contrata uma empresa de tecnologia, ela acelera esse processo. Consegue reduzir o custo logo de saída, padronizar seu processo de crédito. E, com isso, você elimina um pouco daquela subjetividade que é típica de pessoas analisando crédito”, analisa.
No entanto, o grande desafio nesse sentido, é fazer as empresas entenderem isso como um investimento e não apenas um custo, segundo o gerente. “O desafio mesmo é a empresa querer, estar a fim de otimizar seu processo, ter ganho de produtividade. Hoje é muito simples você contratar uma ferramenta dessas. Em 30 dias você consegue uma ferramenta hoje que já está funcionando, o que você vai precisar é definir uma estratégia de crédito, uma política de crédito, fazer a parametrização dessa política em um sistema, e começar a usar”, explica.