O segundo semestre de 2014, principalmente pós-período eleitoral, trouxe momentos de crise e incerteza econômica para o começo desse ano. Setores que vinham se destacando nos últimos anos, a exemplo do turismo, podem sofrer algumas baixas nesse período de inflação alta e recessão. O perigo, inclusive, é de inadimplência, já que muitas das viagens são feitas com uso do crédito. Mas existem os que conseguem ver uma oportunidade nessa situação e olhar com otimismo a realidade apresentada, como Alípio Camanzano, diretor da Decolar.com, que acaba de enfrentar uma crise na vizinha Argentina. “Mesmo com a alta desvalorização da moeda local e forte crescimento das taxas (AFIP 35%), o mercado conseguiu se manter, apresentar ótimos resultados e sem enfrentar problemas com a inadimplência dos consumidores”, conta Camanzano.
O diretor acredita que o brasileiro não deixará de viajar, buscando adequar sua situação atual ao planejamento de suas jornadas, ora optando por destinos mais em conta ou escolhendo atrações turísticas mais baratas. Além disso, Camanzano apresenta que algumas empresas, já pensando no impacto que a crise possa ter sobre elas e seu público, estão buscando estratégias a fim de não perderem espaço no mercado. “Um exemplo é a Pullmantur que desde dezembro passou a oferecer seus produtos em até 12x sem juros (10x antigamente)”, exemplifica. Com o somatório dessas atitudes, o diretor acredita que a possibilidade de crescimento de inadimplência seja baixo.
