Demissão sem traumas

Tratar esse momento delicado que é a demissão na vida de qualquer profissional e, também daquele que transmite a notícia, de uma forma humanizada, precisa e eficiente. Esse é o objetivo de muitas empresas que vem investindo em programas de transição de carreira. Antes reservado para diretores e executivos de alto potencial, em época de pleno emprego, o benefício vem sendo ofertado também para os níveis gerenciais e operacionais. Mas para que servem esses programas e quais os benefícios para o profissional e para a empresa?
Segundo Christiano Oliveira, diretor da regional sul da LHH/DBM, essa é uma forma de amenizar as consequências de uma demissão, tanto para a empresa que demite quanto para o demitido. “O momento é um marco na vida do indivíduo. É a chance para os profissionais de base parar e avaliar os seus pontos fracos e fortes face às necessidades do mercado. Além de, é claro, aprender com os erros. É uma valorização dos trabalhadores de nível operacional”, explica.
O benefício também é capaz de reduzir em 40% os processos trabalhistas em parte pelas perspectivas futuras que são vislumbradas. Segundo o advogado trabalhista do escritório Andersen Ballão Advocacia, Edson Hauagge, isso acontece porque 60% das ações trabalhistas ocorrem porque o trabalhador está com raiva, devido à má condução do processo de demissão por parte da empresa ou do chefe. “O empregado toma a demissão como algo pessoal, ele é demitido do chefe e não da empresa. Obviamente, um processo de desligamento educado e atencioso chega como uma salvação e minimiza as chances de ações no Ministério do Trabalho. Neste caso, só entra na justiça quem está convencido que os seus direitos trabalhistas foram violados”, esclarece Hauagge.

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