CEO da Lead Energy descreve modelo de negócio que tem a experiência do cliente como pilar estratégico
Apesar de ter uma das energias mais baratas do mundo quando se fala de geração, o Brasil é um dos países em que se paga uma das contas de luz mais caras. Um dos caminhos para mudar esse cenário está no mercado livre de energia, que oferece a liberdade de negociar contratos de compra de energia com diferentes fornecedores, buscando condições mais vantajosas em termos de preço, prazo e tipo de energia. Ciente dessa oportunidade, nasceu a Lead Energy, em 2020, já com um modelo de negócio que leva em conta, em primeiro lugar, a experiência do cliente. Detalhando esse movimento, Raphael Ruffato, CEO da Lead Energy, participou, hoje (15), da 1157ª edição da Série Lives – Entrevista ClienteSA.
“Existe uma série de detalhes em uma conta de energia que, se o consumidor entendesse, pagaria menos. Foi a necessidade de explicar detalhes técnicos da conta para economizar que fez nascer a Lead Energy. Tratava-se de uma oportunidade de transformar em algo simples o que parece muito complexo. Para isso, precisávamos contar com muita tecnologia e conhecimento para transformar o modelo tradicional de contratação de fornecedor em um modelo leve e ágil.” Segundo ele, junto com toda a otimização do processo, a ideia foi trazer a solução com aplicação de energia renovável.
Detalhando como funciona o modelo do negócio, Raphael explicou que, do dinheiro pago pelo consumidor à distribuidora de energia, parte é repassado à usina geradora, em uma porcentagem que foi comprada em um leilão muitos anos atrás. “Só que, para produzir energia, atualmente é muito mais barato que no passado, somando-se aí a inflação e custos que vieram sendo carregados. Ou seja, a distribuidora lucra apenas em cima da infraestrutura montada para a distribuição, repassando os custos das geradoras ao consumidor. O que fazemos na Lead Energy é separar essas contas, deixando o consumidor pagar a parte da distribuidora normalmente e vamos ao mercado buscar a energia mais barata junto às geradoras. Compramos, então, uma grande quantidade e repassamos os custos com um pequeno acréscimo ao consumidor, proporcionando um ganho para ambas as partes.”
O CEO detalhou outros dois fatores: a conta cai também por uma diminuição da parte da distribuidora, subsidiada pelo governo porque a infraestrutura da energia renovável é mais barata; e é feita uma auditoria na conta para verificar, por exemplo, se a potência contratada é a mais adequada, etc.. “Simplificando: trago para o consumidor duas faturas, que poderão ser unificadas mais à frente, sendo que uma com energia mais barata, outra com a distribuição a um preço mais justo, chegando a uma economia de 25% a 30%. Atualmente, essa solução pode ser usufruída por 280 mil empresas ou pessoas físicas que consomem acima de R$ 10 mil por mês.” Porém, segundo ele, o governo já publicou uma medida provisória que irá estender esse benefício, de forma crescente, até 2027, para 90 milhões de consumidores.
Questionado sobre a importância da experiência do cliente para a estratégia de competitividade da Lead Energy, Raphael respondeu que é extremamente relevante em função da falta de transparência nas contas de energia. “O consumidor pode entrar no site da nossa empresa, fazer o upload ou inserir a foto da conta da energia no nosso sistema, que faz a leitura, joga no algoritmo interno e, em segundos, ficará sabendo se pode participar do nosso modelo, se há ou não distorções na conta, e quanto pode economizar, conseguindo ainda fazer a contratação dos nossos serviços em tempo real.” Houve tempo ainda para o executivo assegurar que toda a jornada do cliente já está estabelecida, faltando apenas o conhecimento e a confiança para ele aderir. “Estamos há cinco anos construindo esse sistema que já está preparado para os 90 milhões de consumidores em potencial”. Ele ainda explicou que, reforçando a visão cliente, a empresa está dividida em quatro squads: conquista do cliente, experiência do cliente, sucesso do cliente e administração geral.
O vídeo, na íntegra, que está disponível em nosso canal do YouTube, o ClienteSA Play, junto com às outras 1156 lives realizadas desde março de 2020, em um acervo que já passa de 3,7 mil vídeos sobre cultura cliente. Aproveite para também se inscrever. A Série Lives – Entrevista ClienteSA prosseguirá amanhã (16), coma presença de Mauricio Harger, CEO da Vedacit, que falará sobre o uso da tecnologia com empatia para escutar, entender e agir; na quinta, será a vez de Rafael Stark, CEO e fundador do Stark Bank: e, encerrando a semana, o Sextou debaterá o tema “iGaming: o papel da tecnologia para apoiar a CX em toda jornada”, reunindo Felipe Costa Nadalini, senior account executive da Optimove no Brasil, Fernanda Beato, diretora executiva de vendas da Unico, e Thiago Bertacchini, head de vendas da Nethone.