
E os problemas? Bem, esses só mesmo para nós consumidores mortais. E quem de vocês jamais pensou, ao ver um apresentador de TV falar de uma operadora: será que ele é cliente da mesma empresa que eu? Outro dia gritei “É mentira!” para a televisão, ao ver o mesmo apresentador falar que o banco no qual tenho conta é feito para mim.
Nossa empresa mudou de endereço e, desde então, venho tentando alterar o endereço de correspondência no banco que, aliás, é dito como premium. Liguei para o atendimento, mandaram fazer no site. No site diz que não tenho acesso ao serviço. Ligo para agência mandam falar com o atendimento. E nada de conseguir alterar. Finalmente, consigo falar com a gerente e me surpreendo ao ouvir: “…sua conta do banco premium não tem direito aos serviços do banco pessoa jurídica comum. O senhor precisa vir a agência e assinar um formulário para autorizarmos a mudança”. Como assim? Depois de mais de dez anos como cliente, fico sabendo que não temos mais direito sequer de mudar o nosso endereço de correspondência? “E para me tornar uma pessoa jurídica comum?”, perguntei ingenuamente. “Claro, se o senhor autorizar, passarei o seu CNPJ para um gerente específico que irá solicitar os seus documentos e enquadrá-lo no segmento…”, e por aí foi. Por isso, tenho vontade de esganar o tal apresentador de televisão cada vez que diz que o banco foi feito para mim. Isso não é “retórica”, nem “metáfora”, é mentira!
Para completar, escutei no rádio uma publicidade desse mesmo banco dizendo que minha empresa não pode perder tempo, que podemos contar com eles para tudo. Tudo? Menos trocar o endereço de correspondência. Para isso preciso ir à agência. Mas ir à agência não é perder tempo, não é mesmo?
Enio Klein é general manager da operação SalesWays no Brasil, professor nas disciplinas de vendas e marketing da Business School São Paulo e diretor da K&G Sistemas.
Visitem nosso blog http://blogclientesa.clientesa.com.br/napeledocliente