Pedro Rodrigues, diretor comercial da Milho de Ouro

O olhar para a qualidade para crescer entre as gigantes dos snacks

Diretor comercial da Milho de Ouro fala da jornada de evolução e transformação da empresa para competir com marcas já consolidadas

A trajetória da Milho de Ouro revela como uma empresa familiar pode evoluir entre gigantes ao apostar em qualidade real. Após anos produzindo para marcas líderes, a virada veio com o lançamento de produtos próprios, o que trouxe o desafio da profissionalização e elevou o rigor interno. Investindo em aromas exclusivos, processos bem estruturados e em forte aproximação com o consumidor, especialmente por meio de degustações, a empresa transformou experiência, consistência e identidade de marca em motores de crescimento em um mercado altamente competitivo. Esse foi o quadro traçado por Pedro Rodrigues, diretor comercial da Milho de Ouro, ao participar, hoje (27), da 1251ª edição da Série Lives – Entrevista ClienteSA.

Trazendo um histórico da empresa, o executivo contou que a Milho de Ouro foi fundado por seus pais, em 1992, na cidade de Amparo (SP), indo cinco anos depois para Embu das Artes, onde está sediada até hoje. De 1998 até 2009, a empresa produzia para outras marcas, sendo responsável pela produção da marca líder de mercado. É quando se inicia a preocupação com a qualidade dos produtos para atender às exigências dessa multinacional. “Foi uma parceria que durou 12 anos e, quando nos vimos na situação de lançar nossa própria marca, esse conceito de qualidade já estava consolidado na nossa cultura interna. Desde então, temos como único objetivo oferecer produtos de qualidade a preços acessíveis. Ou seja, snacks da categoria ‘A’, com bastante sabor, crocância, formato e embalagem de primeira linha, a um preço competitivo, enfrentando de igual para igual os líderes de mercado.”

De acordo com o diretor, quando se fala no desenvolvimento desse tipo de produto, o segredo está na questão do aroma, a entrega de sabor. “Por isso, fomos atrás dos maiores fabricantes de aromas do mundo e desenvolvemos, junto com essas casas especializadas, aromas exclusivos para todas nossas linhas de produtos. Começamos a vender do zero e o primeiro setor que se tornou nosso cliente foi o mercado atacado doceiro, muito forte principalmente na periferia da grande São Paulo, que até hoje responde por boa parte da nossa base de clientes.”

Ao longo dos primeiros 10 anos de atividade, a empresa passou por mudanças, enfrentando concorrentes de peso, desafios da economia brasileira, instabilidade no fornecimento de matéria-prima. “Tudo isso, no final das contas, ajudou a amadurecer a Milho de Ouro rumo à profissionalização que é, em resumo, fazer o básico bem feito.” Essa profissionalização, segundo o executivo, passa por uma equipe administrativa engajada, processos estruturados e funcionais, times comerciais inspirados, tudo para fazer com que os produtos cheguem ao consumidor.

Indagado pela audiência sobre o porquê da unificação da marca Lobits em todos os produtos, realizada esse ano, o executivo afirmou que são várias respostas, começando pelo motivo da unificação. Com a ampliação do portfólio envolvendo salgadinhos de milho, snacks de trigo, batatas onduladas, biscoito de polvilho, pipoca doce, entre outros, a empresa usava várias marcas, além da mais famosa, que era a Lobits. Com isso, as pessoas não associavam que eram todas do mesmo fabricante. “Depois de um longo período de pesquisas junto aos consumidores, com o apoio de uma agência de publicidade, chegamos à conclusão que a unificação da marca facilitaria o reconhecimento da mesma qualidade em todos os produtos, apesar de serem diferentes.” O resultado dessa iniciativa tem sido positivo, com aumento do consumo.

Ele destacou também que a Milho de Ouro investe fortemente em degustação, tendo realizado, de junho até agora, mais de mil dessas iniciativas. “Tem dado muito certo, porque as pessoas experimentam e se surpreendem com a qualidade de um produto que desconheciam até então.” O diretor falou ainda das informações surpreendentes colhidas nos processos de degustação nos supermercados e da aproximação com os clientes por meios das redes sociais, entre outros assuntos, incluindo os planos para o futuro.


O vídeo, na íntegra, está disponível no nosso canal do YouTube, o ClienteSA Play, junto com as outras 1250 lives realizadas desde março de 2020, em um acervo que já passa de 3,9 mil vídeos sobre cultura cliente. Aproveite para também se inscrever. A Série Lives – Entrevista ClienteSA encerrará a semana amanhã (28), com o Sextou que debaterá o tema “Atendimento, BPO, digital, IA… O desafio de se diferenciar em um cenário de grande transformação”, reunindo Adriana Frantz, lead analyst da TGT ISG, Fábio Bisachi, CEO da Motiva, Laurent Delache, CEO da Foundever no Brasil, e Luciana Gennari, superintendente executiva de contact center da Tokio Marine.

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