Walney Barbosa, diretor de delivery da Okiar

Okiar anuncia ranking de principalidade entre instituições financeiras no Brasil 

Nubank é o preferido pelos brasileiros (21,7%), seguido pelo Itaú (14,2%) e Bradesco (12%)

A Okiar, consultoria de pesquisa brasileira, anunciou a realização do “Ranking de Principalidade” entre instituições financeiras no Brasil. O estudo indica que o brasileiro mantém, em média, quatro contas bancárias. Quando questionados sobre qual delas é a principal para suas movimentações financeiras, temos o Nubank como o favorito, com cerca de 22% das respostas, seguido pelo Itaú (14,2%) e Bradesco (12%).

Esses dados apontam a tendência e força dos bancos digitais, visto que a primeira operação oficial do Nubank foi apenas em 2019. Isso acontece porque o modelo de negócios aplicado pelo Nubank lidera um movimento de instituições financeiras com perfis diversos, que surgem com a proposta de oferecer serviços mais especializados e menos burocráticos.

“Outro dado interessante apontado pelo BC\Cadastro de Clientes do Sistema é que, ainda que o Nubank seja o queridinho do público, não é o maior em volume de clientes. Nesse quesito, temos a Caixa Econômica, com 154, seguida pelo Bradesco (109) e, enfim, o Nubank (100). Tais informações sugerem que tornar-se cliente é o começo, mas se tornar a conta principal é outra história”, comentou Walney Barbosa, diretor de delivery da Okiar.

Segundo o executivo, “a entrada dos bancos digitais e fintechs causou uma verdadeira transformação no setor financeiro. Até 2010, os grandes bancos brasileiros operavam sem grandes desafios competitivos e a principalidade não era uma preocupação. Impulsionadas por novas regulamentações, as fintechs e bancos digitais trouxeram mais competição, acesso e flexibilidade para os consumidores”. 

Ainda de acordo com o estudo, a novidade é que as instituições financeiras digitais já correspondem a quase metade da principalidade bancária dos brasileiros, sendo 58% para os bancos tradicionais e 42% para os digitais. No centro desse embate, temos cada vez mais brasileiros bancarizados e os consumidores têm mais liberdade de escolha, distribuindo suas finanças entre múltiplas instituições, tornando a concorrência ainda mais acirrada.

Apesar da liderança ainda firme no Sudeste e Sul, os bancos tradicionais enfrentam concorrência cada vez maior no restante do país. Outro dado relevante apontado é que quanto menor a estabilidade financeira (como autônomos, MEIs e trabalhadores informais), maior a chance de ter bancos digitais como instituição principal. Já trabalhadores formais, aposentados e empresários tendem a manter a principalidade com os bancos tradicionais, em razão da conta salário, crédito consignado e um histórico mais longo de relacionamento e confiança.

“A escolha do banco principal segue uma lógica de acesso. Ou seja, quem depende mais de flexibilidade e menos burocracia escolhe quem o aceita mais facilmente. Quem já tem vínculos formados tende a permanecer onde já está, ou seja, bancos mais tradicionais”, destacou Walney.

O estudo indica também que, em um setor cada vez mais competitivo, quem está na liderança hoje, pode não estar amanhã. Por isso, é preciso se manter antenado às principais tendências e corrigir algumas rotas. Para os bancos tradicionais, é preciso investir mais em jornadas digitais fluidas e conectar-se emocionalmente com os mais jovens. Por outro lado, para as instituições digitais, é necessário fortalecer a presença entre o público de 30-44 anos, ampliar a confiança de públicos mais conservadores e mostrar-se capaz de cuidar da vida financeira de seus clientes de ponta a ponta.

Metodologia

O “Ranking de Principalidade Financeira” da Okiar foi realizado com entrevista com mais de mil pessoas, com índice de confiança de 95% (margem de erro de 3%), no período de 27/01 a 28/01/2025. O público bancarizado é dividido entre mulheres (52%) e homens (48%), com concentração de 49% deles na região Sudeste.
“Finalizo ressaltando que o caminho ideal é combinar solidez com modernidade. Para isso, os bancos devem usar a reputação e a estabilidade como diferencial competitivo; tornar a experiência digital ágil, intuitiva e fluída; eliminar etapas burocráticas que dificultam o uso cotidiano; e investir em linguagem e benefícios que se conectem emocionalmente com os jovens. Dessa forma, todo o sistema bancário sairá ganhando”, finalizou o diretor.

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