Guilherme Martins, cofundador da Eitri

Por que sua marca precisa de um aplicativo de vendas

A marca que investir agora em um aplicativo próprio não estará apenas acompanhando a evolução do mercado, mas moldando a experiência de compra dos próximos anos

Autor: Guilherme Martins

As vitrines mudaram de endereço. Antes, o consumidor percorria corredores de lojas ou folheava catálogos para descobrir produtos. Hoje, a jornada começa – e muitas vezes termina – no smartphone. Não é exagero dizer que o celular se tornou a principal vitrine do varejo, e a ausência de um aplicativo próprio de vendas significa perder relevância em um mercado que se move a toques de tela.

A experiência do cliente, que já foi diferencial, tornou-se obrigação. Aplicativos de vendas permitem personalização em escala, algo impossível para canais puramente físicos ou mesmo para e-commerces tradicionais. Eles aprendem com as interações, antecipam preferências, sugerem combinações e tornam a compra fluida. É a tradução da loja física, com seu atendimento caloroso e consultivo, para o ambiente digital, mas com a vantagem de oferecer estoque infinito. Assim, se o produto não está na prateleira, ele pode estar a um clique de distância, disponível para entrega em poucas horas.

Essa lógica vale tanto para o varejo quanto para o B2B. Equipes comerciais que ainda dependem de processos manuais desperdiçam tempo, perdem informações e deixam oportunidades na mesa. Um aplicativo bem estruturado centraliza dados de clientes, atualiza estoques em tempo real, emite pedidos e notas fiscais, acompanha metas e comissões e integra-se a sistemas internos, tudo na palma da mão. Mais do que ferramenta, ele é um parceiro estratégico que reduz fricções e transforma o vendedor em consultor.

Além disso, o consumidor mudou e as projeções do varejo online, em 2025, deixam isso claro. Segundo a ABComm, o e-commerce brasileiro deve atingir um faturamento de R$ 234 bilhões, com um crescimento de 15%, e o número de pedidos deve crescer 5%, totalizando 435 milhões. Vendas assistidas são um exemplo de como a tecnologia potencializa a relação humana. O vendedor, munido de um app, entende as necessidades do cliente, apresenta demonstrações, registra pedidos e acompanha o pós-venda com agilidade. É um atendimento consultivo que fideliza, porque demonstra cuidado e cria vínculo. Até mesmo o autoatendimento dentro da loja, evitando filas e ampliando opções de pagamento e entrega, se torna viável quando o aplicativo é pensado para ser extensão do ponto de venda.

As tendências reforçam esse caminho. A inteligência artificial permitirá personalização em tempo real; integrações com CRMs trarão análises preditivas; e recursos offline garantirão que nenhum negócio seja interrompido por falta de conexão. A marca que investir agora em um aplicativo próprio não estará apenas acompanhando a evolução do mercado, mas moldando a experiência de compra dos próximos anos.

Portanto, ter um app de vendas deixou de ser luxo. É a chave para transformar curiosos em clientes, clientes em fãs e para manter a marca presente no único espaço onde todos olham dezenas de vezes por dia: a tela do celular.

Guilherme Martins é cofundador da Eitri.

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