A hora da virada



Em ano de eleição, um dos principais assuntos do Café com Presidentes realizado pela ClienteSA, em parceria com a ADVB, não poderia ser outro que não política, na ordem do dia. No primeiro encontro descontraído do ano que se conclui com o XI Encontro com Presidentes e realizado na sede da Almaviva, empresa italiana de callcenter e BPO, no Edifício Itália, na capital paulista, 17 presidentes representando vários segmentos abriram a pauta com o pré-candidato a prefeito de Avaré, Miguel Ignátios (PTB), presidente licenciado da ADVB-SP.

A mescla da pauta do Encontro chegou à atividade de gestão de clientes, com Giulio Salomone, presidente da Almaviva,traçando a perfil da atividade, que cresce a um ritmo de 15% ao ano, confirmado pelo presidente da ABT, Jarbas Nogueira. Mas, Salomone que comemora ter fechado 2011 com faturamento ultrapassando R$ 300 milhões e a inauguração de um site modelo em Juiz de Fora (MG), retratou a mudança de perfil do mercado com o investimento das empresas em processos de negócios dos clientes, com o conceito de BPO, ofertando expertise, processos e automatização, apoiando a otimização na busca de resultados organizacionais na gestão de clientes e na concretização de vendas. Foi o que o levou a trazer para ao Brasil a Almawave, que entre suas principais funções está de identificar, por meio da voz, o real desejo dos clientes para uma avaliação e planejamento corretos nas ações empresariais.

A reflexão do que o XI Encontro com Presidentes deve espelharque mais chamou atenção, em ano de eleição dos mandatários políticos que terão a missão e poder de decisão, é o planejamento do País para suportar as duas grandes competições internacionais em que se habilitou – a Copa do Mundo de futebol em 2014 e as Olimpíadas em 2016. “Será um espelho internacional para refletir nossas deficiências ou dar o salto global que o Brasil está buscando”, justifica Ignátios, refletindo a opinião geral, endossada líderes como Geraldo França (Sodexo), Sérgio Comolatti (Grupo Comolatti), Marcele Lemos (Coface) e Abrão Latif, presidente da ADVB-SP. O que vem concentrando as discussões são infra-estrutura hoteleira e transporte. Se na hoteleira os empresários são contundentes em afirmar que os investimentos deverão ser adequados ao retorno, como em qualquer atividade empresarial, com a criteriosa avaliação do retorno, ou ROI, a alternativa de privatização dos aeroportos é avaliada como uma excelente saída estratégica, desde que siga a regra do retorno, com condições equilibradas e claras.

Um alerta que vem de Luiz Gonzaga, da Loga, é a urgente adoção de modelos mais evoluídos de tratamento da limpeza pública já disponíveis e que podem ser adotados nos próximos anos, com apoio e vontade, principalmente política. Antonio Cruz, da Graber, lembrou um sistema de segurança com monitoria em vídeo que começa a ser adotado no País para contribuir com gestão de patrimônio e em veículos. “Além de monitoria de localização de veículos permite a visualização da operação, um passo à frente do que o mercado está dando”, justifica. A preocupação também chega a área de saúde, como lembra João Carlos Regado, da Golden Cross.

No espírito italiano do encontro, um exemplo colocado à mesa é justamente o modelo do país europeu de apoio ao cidadão e empresário sediado no Brasil. Giovanni Sacchi, do Instituto Nazionale per ilCommercio Estero, ICE, destacou o apoio governamental aos cidadãos que estão no Brasil com objetivo de contribuir com sua localização, a exemplo da instituição financeira governamental UBI Banca, onde, de acordo com Isidoro Guerreiro, os italianos têm suporte de financiamento para os empreendimentos locais. O exemplo é uma luva entre as discussões para quem abriu a oportunidade de um excelente posicionamento internacional. Mesmo diante das desconfianças e entraves que vão surgindo no meio do caminho, o consenso é que, até contando com o jeitinho brasileiro, a exibição deverá ser de gala, como se espera seja a leitura da torcida internacional.

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