Estes foram os elementos tirados da cartola para que, em pouco tempo, um grande contingente de jovens entre 18 e 23 anos, de diferentes classes econômicas e sociais, pudessem ser incluídos, de maneira irrevogável, em um ambiente normalmente frequentado por pessoas com condições financeiras favoráveis. O sonho do acesso à educação superior por meio do telemarketing havia se tornado realidade para muitas famílias de forma direta.
O projeto de acesso ao ensino superior para operadores de telemarketing, administrado pela Associação Horizontes – com certificação de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) -, foi um dos principais pilares de sustentabilidade criados em parceria com o setor de telesserviços que possibilitou, em pouco mais de 2,5 anos de existência, o acesso a condições de educação jamais imaginadas para mais de 1.300 jovens que trabalhavam em operações de atendimento, vendas e cobrança.
Para a empresa, o benefício é claro: o acesso à educação superior movimentava a estrutura familiar tão positivamente, que as famílias percebiam que ali estava depositada a oportunidade real de melhorarem de vida, resgatando o potencial criativo dos seus filhos e assim tornando-os mais capazes para continuar a caminhada na empresa ou mesmo fora dela.
Na ótica do operador de telemarketing, além da acessibilidade financeira, com prestações que cabiam no bolso, um mundo de informações antes jamais imaginado por eles tornava-se realidade ao alcance da grande maioria.
E para os contratantes, ter pessoas melhor formadas em suas operações, além de majorar a qualidade do trabalho e o sentimento de pertencer ao ambiente daquela empresa, marca ou atividade, tornou-se requisito básico para a seleção e contratação.
Diante destes fatos vivenciados tempos atrás, um sonho de realização protocolado em atmosfera não comum para este tipo de atividade formou, melhorou, inspirou, empurrou, mudou e fez amadurecer jovens com futuros antes incertos diante do sonho de uma vida melhor, ao alcance de suas mãos.
Entendi, dessa maneira, que precisamos impulsionar nossos jovens a crescer um dia após o outro, ensinando-os a realizar, a fazer as coisas do início muito bem feitas para depois ousarem ultrapassar seus próprios limites, aprendendo a trabalhar e trabalhando para aprender.
Estou convicto de que um dos maiores desafios é tornar a prática da educação, por meio do ensino superior dentro das empresas, uma premissa certeira para transformar e descobrir esses diamantes preciosos que encontramos todos os dias dentro de nossas operações. Precisamos mostrar e fazê-los experimentar os caminhos possíveis e necessários. Finalizo este artigo com uma passagem de Nelson Mandela muito oportuna e sábia: “Nosso maior medo não é o de sermos inadequados. Nosso maior medo é o de sermos poderosos além da medida. É nossa luz, não nossa escuridão, o que mais nos apavora. Perguntamos a nós mesmos: Quem sou eu para ser brilhante, esplêndido, talentoso e fabuloso? Na verdade, por que não seria?”. E ele termina: “… quando deixamos nossa própria luz brilhar inconscientemente, damos às outras pessoas permissão para fazer o mesmo. Quando nos libertamos de nosso próprio medo, nossa presença automaticamente liberta outros.”
Júlio Xavier, economista com MBA em marketing pela USP, sócio-diretor da Let BPO e coordenador de MBA junto ao Ibmec São Paulo. E-mail: [email protected].
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