Com a evolução rápida e amadurecimento das ofertas de computação em nuvem, uma alternativa muito interessante – e potencialmente revolucionária para o desenvolvimento de software – são as plataformas como serviços (ou PaaS). Nesse modelo de serviço, o provedor fica responsável pela infraestrutura de hardware e software, sendo que este último é uma plataforma de desenvolvimento. Em outras palavras, ao invés de entregar somente infraestrutura ou aplicações completas, no modelo PaaS o que se contrata é um modelo intermediário, projetado para desenvolvedores de software construírem as aplicações personalizadas.
Como em qualquer solução em nuvem, a promessa é de consumo sob demanda, “elástico”. Na medida em que a aplicação construída sobre a plataforma precisa de mais capacidade, ela recebe novos recursos dinamicamente. O modelo de cobrança de uso é criado em cima do consumo desses recursos.
Como em qualquer solução em nuvem, a promessa é de consumo sob demanda, “elástico”. Na medida em que a aplicação construída sobre a plataforma precisa de mais capacidade, ela recebe novos recursos dinamicamente. O modelo de cobrança de uso é criado em cima do consumo desses recursos.
Vejamos dois exemplos. Um hotsite de venda de ingressos pode receber grande quantidade de recursos no momento em que um concerto muito esperado começa a ser vendido, atendendo todos os fãs. Ou, uma aplicação de big data pode receber uma massa de poder computacional no momento em que estiver executando um complexo algoritmo de análise estatística, reduzindo a carga e recursos imediatamente após o processamento.
Como se poderia esperar, os grandes players já colocaram as cartas à mesa: Google, Amazon, IBM e Microsoft estão buscando captar mais e mais desenvolvedores para as plataformas. O apelo do software de código aberto também é grande e traz um elemento a mais para a tomada de decisão.
Para os gestores empresariais, as plataformas como serviços podem representar uma nova maneira de avaliar, adotar e manter aplicações corporativas e para o consumidor. Estas novas aplicações, hospedadas em plataformas na nuvem, definitivamente reduzem a dependência da área de TI no que diz respeito à infraestrutura e abrem novos modelos de negócios, com cobrança tão simples quanto por hora de uso ou número de transações de banco de dados. Ainda não se sabe o conjunto de competências que será necessário buscar nesses novos desenvolvedores, que usarão componentes na nuvem para montar seus “legos” e mais rapidamente entregar soluções de software sob medida.
Mãos à obra!
Leonardo Vieiralves Azevedo é diretor da Habber Tec Brasil.