De olho lá na frente!

Planejar é uma das mais importantes atividades da gestão. Com base no planejamento, as organizações projetam resultados e alocam recursos para consecução dos objetivos. Na medida em que o exercício do planejamento se torna mais sofisticado e complexo, mais dados são considerados para fazer com que as projeções sejam mais precisas e seguras.
Um entendimento central sobre este tema é a necessidade de representação da realidade por meio de um modelo, que tipicamente envolve a redução da complexidade total do problema aos seus elementos mais representativos e suas inter-relações. Por meio da submissão de variáveis ao modelo, que considerem tanto entradas (ou cargas) quanto restrições de recursos, os resultados são matematicamente projetados e devem produzir uma estimativa associada à confiança que ela se realizará. A variação das entradas e dos recursos dá ao gestor a percepção de quanto o modelo é sensível a estas alterações, com melhor entendimento dos riscos. Vejamos alguns exemplos.
O conceito de análise de cenários aplicada ao planejamento estratégico já vem sendo usada há muito tempo. O exercício propõe a análise dos potenciais impactos, especialmente de grandes mudanças no ambiente econômico, político ou social, sobre os negócios da organização. É muito conhecida a história, ainda dos anos 70, da projeção de explosão dos preços do petróleo feita por uma das grandes empresas de exploração e produção, levando-a a lucros inéditos no setor.
Do lado de operações, uma técnica bastante usada é a análise de indicadores de atividade. Por meio de simulações, usando técnica de Monte Carlo ou similares, a vida real é projetada usando o modelo do processo, permitindo realocações de recursos ou ajustes nas expectativas de nível de serviço.
Nos bancos, ficou famosa a expressão “teste de stress”, que consiste em avaliar as condições de liquidez das instituições financeiras caso seus ativos sejam impactados, por exemplo, por inadimplência. Estas técnicas ajudam a projetar as necessidades de capital próprio dos bancos, de forma que este seja suficiente para honrar seus compromissos, sem impor riscos ao sistema financeiro.
Há inúmeros exemplos, mas você já percebeu que há questões-chave na eleição do modelo que representará a realidade, o que será tema de um próximo artigo!
Mãos à obra!
Leonardo Vieiralves Azevedo é diretor da Habber Tec Brasil.

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