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Investir em pessoas, este é o caminho



Tem um conhecido nosso que já dizia há muito tempo:
“Muitos estudos comprovam que, se utilizarmos somente a visão, nossa capacidade de absorção é de 5%; se utilizarmos a visão e a audição, nossa absorção cresce para 10% e, se junto com a visão e audição, executarmos alguma ação, a capacidade vai para 40%”

Pergunta: Por quê a maioria das empresas faz treinamento com seus colaboradores via apresentações e palestras? Isso significa um poder de retenção de apenas 5%.

Resposta: Porque nunca pensamos em como vamos aplicar treinamentos mais eficazes, mas sim, que temos a necessidade de treinar. E o “modo tradicional” de se fazer isso é colocar nossos colaboradores dentro de uma sala e despejar informação sobre eles, sem verificar se a absorção ou retenção está satisfatória.

Outra pergunta sobre metodologia: O que você mais mantém guardado na memória, uma aula da faculdade ou uma aula de cursinho pré-vestibular? A diferença entre ambos está na metodologia.
Vou convidá-los para uma revolução na metodologia de capacitações e treinamentos:
“Abaixo o power point, Viva o flip chart”.
“Abaixo as apresentações convencionais, Viva as discussões em grupo”.
“Adulto só aprende fazendo”.

Para pensar depois: qual a diferença entre seu treinamento e uma aula prática de auto-escola?
Como você aprendeu a dirigir? Na teoria ou na prática?
Relembrando Confúcio:
“Diga-me e esquecerei. Mostre-me e recordarei. Comprometa-me e entenderei”

2º – Valorização:
Só relógio trabalha de graça e não estou falando só de recompensas financeiras. Valorizar também tem o sentido de reconhecer. Se você se lembra da pirâmide de Maslow, os níveis onde a racionalidade prevalece são: a Aceitação Social, a Auto Estima e o Auto Reconhecimento.
Pense em qual foi seu sentimento quando foi reconhecido em público por uma ação e quando não foi reconhecido. Quantos dias você passou xingando sua chefia? Outra diferença clara: quem não reconhece um trabalho bem feito é CHEFE, quem o faz recebe o nome de FACILITADOR.
Muitas empresas premiam financeiramente e não reconhecem o resultado. Conseqüência disso: O funcionário incorpora o prêmio ao seu holerite e no mês que vem diz que ganha pouco e que merece aumento salarial. Outras empresas premiam com viagens e aparelhos eletro-eletrônicos, o objetivo principal é provocar constantemente a lembrança do benefício por parte do premiado e de sua família também. Em muitos casos, o extrato de pontuação vai para a esposa, que tem forte poder de influência.
Lembre-se sempre: todo ser humano anseia por aprovação social e o reconhecimento é nossa maior arma para saciar este anseio; porém o reconhecimento indevido é uma verdadeira bomba nuclear no ambiente interno.
A valorização é tão importante, que muitos talentos não deixaram sua empresa porque são reconhecidos. Quando isso faltar, a empresa os perderá.
Lembre-se do time de futebol: adianta ganhar um alto salário e jogar no campeonato do Acre (desculpem-me os acreanos, não é nada pessoal), ou é melhor ganhar menos, mas disputar títulos nos grandes centros? O que você faria como profissional?

Você quer fazer um teste rápido sobre seu investimento em pessoas? Responda baixo:

1º Sua empresa tem um departamento de RH atuante?
2º O RH senta na mesa de discussão quando os temas são sobre mudanças estratégicas?
3º A participação do RH em sua empresa é Pró-ativa ou Reativa?
4º Se o RH disser: “Não estamos prontos para a implementação”, você suspende a iniciativa?
4º Como é definida a necessidade ou não de capacitações e valorizações de funcionários?

Antes que este nosso papo se transforme em um livro, vale lembrar:

PESSOAS são o único fator crítico de seu sucesso e que podem estar COMPROMETIDAS com o resultado de sua empresa. Os outros, no máximo, podem estar somente ENVOLVIDOS com este sucesso.

Qual a diferença entre COMPROMETIMENTO X ENVOLVIMENTO? Pergunte ao Porco e à Galinha
Quem estará comprometido e quem estará envolvido com um belo café da manhã, com ovos e bacon? O porco, ou a galinha?
Já que está na moda ler o livro O monge e o executivo, aqui vai um provérbio chinês:
“Se você deseja um ano de prosperidade, cultive trigo. Se você deseja dez anos de prosperidade, cultive árvores. Se você deseja cem anos de prosperidade, cultive pessoas.”

Espero que, depois de ler este artigo, você pense melhor sobre seus colaboradores e que, pelo menos, deixe de contabilizar capacitações, treinamentos e reconhecimento deles como custos e passe a contabilizá-los como investimento.

Marcos F. Mazza é gerente de CRM da Syngenta Proteção de Cultivos. E-mail: [email protected]

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