Flávio Passos, VP de autos e bens de consumo do Grupo OLX

Sete em cada dez pessoas sentem mais segurança quando se deslocam de automóvel

Pesquisa do Data OLX Autos aponta que 53% dos entrevistados pretendem comprar carro nos próximos seis meses, sendo que desses, 42% desejam um usado

O carro é o meio de transporte que 73% dos respondentes se sentem mais seguros para os deslocamentos. É o que mostra a pesquisa “Tendências do Consumidor – Mobilidade Urbana”, elaborada pelo Data OLX Autos, fonte de inteligência automotiva do Grupo OLX. O estudo avalia o comportamento e as preferências do público relacionado à mobilidade nos centros urbanos. O estudo mostra que além do carro, aplicativos de mobilidade e uso de táxi são modais que proporcionam segurança para 65% e 56% do público entrevistado, respectivamente. A sensação de segurança declarada para deslocamento a pé foi o quarto mais apontado, com 51%.

Do total de entrevistados, 72% são donos de algum tipo de veículo. Desses, 93% têm carro, 33% moto, 15% picape ou caminhonete, 5% caminhão, e 16% outro automóvel. “Como uma das principais plataformas de compra e venda on-line de veículos do país, a OLX também atua como fornecedora de dados e inteligência para o mercado automotivo, ajudando a identificar comportamentos do consumidor e antecipar tendências que impactam a mobilidade urbana. Neste estudo, observamos que o tráfego é a questão que mais incomoda os participantes nos deslocamentos diários, conforme indicado por 75%. Em segundo lugar, os respondentes (55%) citam os custos elevados com o combustível, pedágio, estacionamento, etc. como um obstáculo para quem se locomove pelas cidades”, detalhou Flávio Passos, VP de autos do Grupo OLX.

Frequência de uso dos meios de locomoção

Em relação aos tipos de transporte usados com maior frequência, o automóvel foi o meio mais citado, conforme apontado por 49% dos participantes. O deslocamento a pé foi o segundo mais lembrado, com 23% e a motocicleta o terceiro, com 16%. No recorte de entrevistados que pretendem comprar automóvel, o uso frequente desse tipo de transporte sobe para 54%. Já entre os respondentes que não têm intenção de adquirir um modelo, ainda sim, utilizam o meio com frequência para se deslocar, o que foi indicado por 44%.

Meios de usos e finalidades

De acordo com a pesquisa do Data OLX Autos, o automóvel é utilizado especialmente para visitar a residência de amigos e familiares na cidade, apontado por 71% das respostas, além de hospitais e clínicas de saúde/ locais de lazer e esporte (69% cada), supermercados e padarias (63%), bares e restaurantes (60%), parques e praças/ igrejas e templos (55%, cada), para o local de trabalho (53%), bancos e lotéricas (50%), escolas e universidades (42%) e academia (37%).

O deslocamento a pé é o segundo meio mais utilizado, citado pelos usuários principalmente para ir à farmácia (49%), aos parques e praças/supermercados e padarias (42%, cada), à academia (36%), para igrejas e templos (28%) e para a casa de amigos e familiares na cidade (27%).

O transporte por aplicativo foi apontado principalmente para ir a bares e restaurantes (27%), aos hospitais e clínicas de saúde/locais de lazer e esporte (24%, cada).

Já o uso da motocicleta foi citado especialmente como meio de locomoção para o trabalho (20%) e para escolas e universidades (13%).

Condições de mobilidade

A sondagem também trouxe percepções dos entrevistados sobre as condições de mobilidade urbana nas cidades em que residem. As classificações mais positivas foram em relação à fluidez/fluxo de trânsito, apontada como “ótima” ou “boa” por 21%. As condições de ciclovia/ciclofaixa/acostamento para ciclista receberam as piores avaliações, sendo sinalizadas como “ruim” ou “péssima” por 58%.

Na avaliação sobre os meios de transporte, destaque para a oferta de automóveis por aplicativos, indicados como “ótimo” ou “bom” por 52% dos respondentes. Já a oferta de meios individuais de locomoção, como bicicletas e patinetes, foram os mais criticados, sendo apontados como “regular” e “ruim” por 61%.

Sobre o uso de bicicletas, dentre os 31% que fazem uso dela na rotina, 92% utilizam somente equipamento próprio, enquanto 4% usam uma alugada, mesmo percentual dos que utilizam tanto a própria quanto alugada. Somente 4% das bikes são elétricas.

Quando se observa o comportamento em relação ao uso de carona, 74% afirmam que não têm o hábito de fazê-lo em seus deslocamentos. Já 22% costumam pegar carona com conhecidos, amigos ou familiares e 8% utilizam aplicativos de carona.

Recarga de automóvel elétrico

Com os veículos elétricos cada vez mais presentes no mercado brasileiro, a pesquisa do Data OLX Autos pediu a avaliação dos respondentes que possuem automóveis eletrificados ou híbridos sobre o local de recarga. Sete em cada dez participantes recarregam em casa ou no condomínio que residem, enquanto 24% o fazem em shoppings ou centros comerciais. No caso das viagens mais longas, 53% planejam antecipadamente as paradas em pontos de recarga; 42% procuram por locais durante o trajeto, e 26% levam consigo carregador portátil.

Intenção de compra de veículo

Segundo a pesquisa, 53% dos respondentes pretendem comprar um automóvel nos próximos seis meses. Em relação ao tipo de automóvel, 42% deseja um modelo usado (acima dos 3 anos), 24% um seminovo (até 3 anos), e 9% zero quilômetro. Já 26% ainda não decidiram pelo tipo. Dentre os que pretendem comprar carro, 43% indicaram que o veículo será dirigido por apenas uma pessoa; 47% por duas, 6% por três e 5% por quatro ou mais. Já entre os que não pretendem adquirir um automóvel nos próximos meses, 44% apontaram como principal motivo o fato de já terem um carro atualmente.

Metodologia

A pesquisa quantitativa on-line foi feita pelo Data OLX Autos por meio da aplicação de questionário online entre os dias 28 de abril e 22 de maio. Foram 1.210 pessoas entrevistadas: 85% homens e 15% mulheres. A maioria é casada (65%), tem filhos (72%) e trabalha presencialmente todos os dias (49%).

Em relação às faixas de idade, 56% da Geração X, 27% da Geração Y, 9% da Geração Z e 8% Baby Boomers. No que tange à classe social: 46% pertencem à classe B, 33% da Classe C, 11% da Classe A e 9% das classes D/E. Dos consumidores entrevistados, 45% são do Sudeste, 24% do Nordeste, 13% do Centro-Oeste, 12% moram no Sul e 5% no Norte.

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