A análise de dados dos consumidores do setor de óleo e gás para entender como se comportam no mercado é um desafio e uma prioridade para a indústria que está vivenciando uma jornada em direção à indústria 4.0. É o que aponta o sócio líder de óleo e gás da KPMG, Anderson Dutra, indicando que a área tem um modelo de negócio realizado de empresa para empresa (business to business) em que não é possível ter uma visão clara sobre a experiência do consumidor final. “A área de óleo e gás está passando por uma transformação que foi acelerada fortemente pela pandemia, um movimento que não aconteceria nos próximos cinco anos. Com a mudança do comportamento desse consumidor, é preciso entender como ele se comporta e começa a enxergar o que ele quer. É o tipo de análise que as empresas estão fazendo nos últimos anos”, analisa.
Para Dutra, alguns fatores alteraram o comportamento do consumidor da indústria de óleo e gás. Segundo ele, o movimento de descarbonização em muitos países foi um aspecto, seguido pela alteração da mobilidade com a diminuição do consumo de transporte público, além do fato de que o home office foi acentuado pela pandemia da covid-19. O sócio complementa ainda que uma forma de analisar os dados desse cliente final é avaliar os aspectos de comportamento desses e converter as informações em ponto de vendas. “A análise de dados e a inteligência artificial são uma tendência no setor. Coletar dados dos clientes com a sensorização dos equipamentos, estruturar essas informações e colocar numa base para análise de dados para entender o comportamento do consumidor fazem parte dessa jornada de tecnologia. É o caminho que as empresas devem percorrer para ter um bom posicionamento de mercado”, finaliza.