
Mas afinal, do que estamos falando quando falamos de recorrência? De uma verdadeira revolução. Segundo Rodrigo Dantas, da Vindi, “a economia da recorrência, ou simplesmente modelo de assinaturas, vem transformando a forma de fazer negócios em mercados que tinham problemas para manter em casa os clientes da base e também conquistar potenciais clientes. Manter um cliente é muito mais barato, que conquistar um novo, não é novidade, mas o modelo de assinaturas trouxe uma oportunidade muito grande para as empresas convencionais, especialmente as empresas de software.
Nos modelos convencionais, a geração de receitas significa fazer um esforço muito grande, praticamente todo o tempo, para poder recuperar mensalmente os números. E isso exige altos investimentos em marketing, operações e atendimento. Já a cobrança recorrente significa manter as receitas sempre em casa – com um dispêndio de energia muito menor. No caso de softwares, por exemplo, o modelo implica em que não há mais necessidade da compra de um CD, que vinha dentro de uma embalagem e era vendido em pontos de vendas físicos. Com a mudança para assinaturas, a Adobe, por exemplo, triplicou as vendas.
Nesse modelo, o que atrai um novo cliente é basicamente conveniência e necessidade. Mas o que irá mantê-lo é a qualidade do produto ou serviço – esse é o principal motivador da renovação da assinatura. Dessa forma, é importante ressaltar que ocorre necessariamente uma mudança de foco: o olhar da empresa deixa de se concentrar exclusivamente na conquista de novos clientes e passa a dar mais importância à fidelização dos clientes atuais.
Até a próxima.
Fernando Guimarães é especialista em marketing de relacionamento. Email: [email protected]