Lucas Chita, Chief Revenue Officer da Ume

A personalização da oferta de crédito no varejo

CRO da Ume expõe a trajetória da fintech que oferece produtos financeiros diversificados na junção entre o varejo e o consumidor final

Criar uma conexão mais assertiva, fluida e transparente entre o varejista e o consumidor final, por meio da flexibilidade do uso de produtos financeiros de crédito que façam sentido para ambos os lados. Essa é a missão assumida pela Ume, fintech criada em 2020, em Manaus (AM) e que se espalhou pelo Brasil. O ponto de partida da empresa foi o inconformismo com existência, até então, da utilização de praticamente um único instrumento financeiro, o cartão de crédito, em meio a tantas necessidades distintas dos dois lados do balcão. Graças ao uso de tecnologia de ponta, pesquisa, análise de dados e centralidade no cliente, ela passou, então, a oferecer produtos de crédito moldados para cada momento de compra e adequado para cada varejista, conforme detalhou Lucas Chita, Chief Revenue Officer da Ume, hoje (20), na 1130ª edição da Série Lives – Entrevista ClienteSA.

Para chegar à posição atual, com milhões de consumidores atendidos pelo seu sistema em mais de seis mil varejistas, o executivo contou que a ideia da Ume nasceu, há cinco anos, de forma inusitada, com dois professores de doutorado da Universidade Federal do Amazonas se juntando a um grande varejista da região para criação de um sistema de crédito mais assertivo. “Esse desafio da união entre o meio acadêmico e o mundo real deu muito certo, conseguindo remodelar o crédito com sistemas mais sofisticados, usando tecnologia de ponta e, de Manaus, fomos para todas as regiões do País.”

Indagado sobre a principal dor identificada, ele explicou que se tratava de um problema muito grande que a empresa se propôs a resolver desde o início. “Quando se olha para a população brasileira, temos mais de 90% das pessoas ganhando menos de R$ 3,5 mil por mês, segundo dados oficiais da Pnad, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, do ano passado, sendo que cerca de 74% são destinados aos gastos básicos, como moradia, alimentação e transporte. Ou seja, essa imensa maioria do povo brasileiro não dispõe de renda suficiente para todas as demais despesas para viver o dia a dia, tais como roupas, calçados, remédios, etc. Ou seja, o crédito se torna necessário para que essas pessoas vivam minimamente com dignidade.”

Complementando esse cenário, embora tenha acabado o problema da desbancarização das pessoas, o produto financeiro mais procurado é o cartão de crédito, o qual a Ume acredita não ser o mais adequado para todas as situações. “Porque cada momento de compra demanda um produto de crédito distinto. Essa constatação surgiu desde o início da Ume. Olhando para o lado dos varejistas, mais da metade já tem o crédito como sua maior fonte de receita, em um setor que é um dos pilares da economia brasileira, representando R$ 5,3 trilhões. Então, percebemos o tamanho do problema que é a conexão entre esse universo de pessoas que dependem do crédito, com o varejo na mesma linha, por meio de um único produto financeiro, que é inflexível e incapaz de se adaptar às diferentes necessidades dos dois lados.”

Dessa forma, com muita centralidade no cliente, colocando-se no lugar de varejistas e consumidores, a Ume passou a pensar em como construir a melhor experiência, oferecendo produtos financeiros para fazer essa conexão mais efetiva e fluida, de acordo com o executivo. Ainda em cima disso, respondendo uma pergunta da audiência, se a empresa passa mais tempo focada no varejo ou no consumidor, ele afirmou que tem de ser buscado um equilíbrio. “Temos que ajudar as pessoas em cada momento de compra e ser um parceiro do varejista, visando proporcionar que tenha mais recursos para atender os seus clientes. Por isso, temos áreas centradas nas dores do varejo e outras focadas na experiência do cliente final.”

Ainda deu tempo para Lucas detalhar de que forma a fintech pesquisa para obter feedbacks e insights dos dois lados, o que inclui visitar varejistas de ponta a ponta do País. Ele também deu exemplos do uso de produtos de uma forma diferente do imaginado inicialmente, como no caso do empréstimo pessoal, sendo utilizado por donos de mercadinhos de bairro, motoristas de aplicativos, etc., para uma necessidade básica e pagos rapidamente. O executivo contou ainda como, graças a um bom tratamento de dados e tecnologia de ponta, a fintech oferece seus produtos dentro da jornada do consumidor final.


O vídeo, na íntegra, que está disponível em nosso canal do YouTube, o ClienteSA Play, junto com às outras 1129 lives realizadas desde março de 2020, em um acervo que já passa de 3,6 mil vídeos sobre cultura cliente. Aproveite para também se inscrever. A Série Lives – Entrevista ClienteSA terá sequência amanhã (22), com a presença de Tiago Nogueira, diretor comercial e de marketing da Lider, que abordará a cultura cliente no mercado de mobiliário; e o Sextou debaterá o tema “Personalidade ClienteSA 2025: O aprendizado profissional em cultura cliente”, reunindo Adriana Dalonso, head de CX e relacionamento com o cliente da MPD Engenharia; Tiago Pires, head nacional de experiência do cliente na Cencosud Brasil; Natalia Calixto, diretora de gestão do consumidor do Grupo Boticário; Nathalia Teixeira, gerente de CX no Grupo CRM (Nestlé Company), e Sheila Antonioli, head of customer happiness da Serpro Brasil.

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