Ricardo Gottschalk, cofundador e vice-presidente da Conta Simples

A soma de simplicidade e tecnologia para inovar em cartões corporativos

Cofundador da Conta Simples expõe como a cultura de cliente guiou a criação da fintech e impulsionou a evolução do negócio

A Conta Simples conseguiu chegar a uma solução robusta de cartões corporativos e gestão de despesas a partir de um princípio inegociável: ter o cliente no centro. Nascida das dores vividas pelos próprios fundadores, a empresa partiu da escuta profunda de mais de 200 negócios para desenhar fluxos reais e aderentes ao dia a dia das PMEs. Essa proximidade contínua, refinada depois com feedback direto de mais de mil clientes, permitiu evoluir o produto até alcançar uma solução de gestão capaz de economizar cerca de 30% do tempo no momento dos pagamentos, conforme assegurou Ricardo Gottschalk, cofundador e vice-presidente da Conta Simples, que participou, hoje (17), da 1245ª edição da Série Lives – Entrevista ClienteSA.

Ele já iniciou garantindo que a Conta Simples foi construída a partir do maior valor, que é o cliente. “A cultura do cliente no centro foi o que nos ajudou a chegar até onde estamos e tem nos possibilitado ficar cada vez maiores.” A empresa nasceu das dores sentidas no mercado pelos outros dois sócios, Fernando Santos e Rodrigo Tognini, que já empreendiam antes em uma outra startup e sentiam a necessidade de acesso à uma solução de cartão de crédito corporativo. Os pagamentos da empresa eram feitos com cartão de crédito da pessoa física, complicando o limite para ser usado para as necessidades pessoais. “Como não conseguiam que os bancos dessem um cartão corporativo para uma startup, perceberam que existia a oportunidade de mudar esse cenário de como as pequenas e médias empresas usam as soluções financeiras para evoluir em mais negócios.”

De acordo com Ricardo, foi da percepção de que muitas startups tinham o mesmo problema que os três decidiram se juntar e fundar a Conta Simples, em 2019, na época, com a ambição de ser um banco completo para PJ. “Porém, estudando o mercado, logo notamos que seria mais seguro e assertivo partir com uma solução robusta, concentrada em um único produto, que seria justamente o cartão corporativo.” Indagado sobre como surgiu a iniciativa de ouvir o cliente para as tomadas de decisões, o VP respondeu que foi em cima da experiência empreendedora anterior dos sócios, ao criarem produtos que, quando chegavam ao mercado, descobriam que os mesmos não encontravam adesão. “Ao criarmos a Conta Simples, partimos por um caminho diferente. Antes de ir ao mercado, entrevistamos mais de 200 empresas, em paralelo, enquanto levantávamos investimentos. Assim, conhecíamos as dores reais dos empreendedores, desenhávamos os fluxos e voltávamos para ver se se encaixava na forma como cada um trabalhava.”

Para o executivo, isso possibilitou conhecer e mapear toda a jornada do cliente para estar lado a lado com ele, possibilitando construir uma solução a partir das dores ouvidas na ponta. “Como a realidade só se mostra mesmo quando o produto já está em uso no mercado, depois de seis meses, ouvindo pessoalmente o feedback de 1,2 mil clientes, pudemos entender a diferença entre ruído e sinal. Somente em contato com o cliente é que se pode evoluir, não apenas no produto, mas nas funcionalidades, no relacionamento, em todos os sentidos.” Perguntado pela audiência de que forma o feedback ajuda no desenvolvimento dos cartões corporativos e na própria plataforma, o executivo traçou, em detalhes, três formas pelas quais isso ocorre, que vão dos levantamentos feitos com equipes atuando dentro do ambiente do cliente, passando por pesquisas mais abrangentes junto à toda base – cruzando os resultados com os dados colhidos diretamente pelas equipes – e pela metrificação das jornadas. “Depois de fazer a consolidação dessas informações é que fazemos um estudo de priorização sobre o que será desenvolvido, melhorado ou criado do zero.”

Ele descreveu ainda como a solução do cartão corporativo veio evoluindo, surgindo, nessa dinâmica, uma solução de gestão que torna as empresas 30% mais eficientes na hora de fechar os pagamentos. Também falou dos desafios atuais de atender os 35 mil clientes já conquistados, além de detalhar a criação de uma métrica de engajamento de clientes e o que mudou na experiência de uso do cartão nos últimos anos, entre outros assuntos.

O vídeo, na íntegra, está disponibilizado no nosso canal do YouTube, o ClienteSA Play, junto com as outras 1244 lives realizadas desde março de 2020, em um acervo que já passa de 3,9 mil vídeos sobre cultura cliente. Aproveite para também se inscrever. A Série Lives – Entrevista ClienteSA prosseguirá amanhã (18), com a presença de Fabiano Lorenzi, CEO da Norcoast, que abordará a importância da cultura cliente para inovar no mercado; e encerrando a semana, na quarta será debatido do tema “Cliente Global: Em quais pontos a experiência mais avançou em 2025?”, reunindo Ladislau Batalha, CEO do ICXI e do LAB Experience, João Pedro Sant’Anna, CEO da SellersFlow e Melissa Riley, especialista em CX e customer insights.

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