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A semana que passou: a economia da confiança e as bikes metalinguísticas

Li dois artigos muito interessantes neste fim de semana e achei que seria ainda mais interessante compartilhá-los com vocês.

O primeiro foi escrito por Adriana Stan, diretora de relações públicas da W Magazine, e publicado no site TechCrunch. Seu título, The future is the trust economy, e pode ser lido (em inglês) aqui. Abaixo, traduzido livremente por mim, seus primeiros três parágrafos.

“À medida em que entramos em carros com pessoas totalmente estranhas a nós, dormimos em camas de pessoas que nunca conhecemos e emprestamos dinheiro para quem vive no outro lado do mundo, [isso significa que] uma nova e poderosa moeda está emergindo – e é baseada em confiança.

O mais impressionante sobre a economia compartilhada não é a tecnologia que a tornou possível, mas as vastas mudanças que disparou na sociedade. Ela renovou o sentido de comunidade, engendrou mais colaboração, desencadeou um novo pensamento e deu um novo valor á confiança, explorando uma necessidade que transcende fronteiras e ainda está repleto de oportunidades.

Se você não está trabalhando para construir e demonstrar isso, então o futuro pode estar a ponto de deixar você para trás, pois a confiança está se tornando rapidamente a moeda global – e a mais valorizada – dos tempos modernos.”

O outro artigo foi publicado em blog brasileiro que gosto muito, Cinegnose. O autor, Wilson Roberto Vieira Ferreira, jornalista, pesquisador, escritor e professor de estudos da semiótica e comunicação visual, publicou neste domingo, 24/4, um longo post (costumam ser longos seus posts) chamado “Isso muda o mundo” e as bikes metalinguísticas do Itaú. Ele pode ser lido aqui – mas eu publico abaixo uma espécie de abstract do artigo para deixar meus parcos leitores curiosos e provocados (como eu mesmo).

“Isso muda o mundo” estava estampado em uma bike patrocinada por um banco que parou ao meu lado em um semáforo. Por que essa necessidade de sobrecodificar (metalinguagem + fático) nossas experiências e escolhas através do Marketing? Uma pedalada deixa de ser uma experiência despretensiosa para tornar-se um gesto autoconsciente que exige comunicação. Alguns pesquisadores apontam para esse fenômeno de comunicação baseado em uma nova religião confessional (cujos novos apóstolos são os profissionais da comunicação) baseada na fé de que a soma de escolhas isoladas resultará em um mundo melhor. Um mundo onde cada pequeno gesto deve ter um significado importante para ser comunicado a “Deus”.

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