Com apoio de Instituto Legado, AWS, NVIDIA, Prodesp e Shopping Crystal, plataforma gratuita de compartilhamento de livros físicos enfrenta o apagão da leitura no país
Em um cenário onde apenas 47% dos brasileiros com mais de 5 anos se declaram leitores, segundo a 6ª edição da pesquisa “Retratos da Leitura no Brasil”, iniciativas de impacto social como o Bookshare ganham protagonismo. A plataforma conecta pessoas dispostas a compartilhar livros com quem deseja ler, tudo de forma gratuita, física e colaborativa. Em cima disso, a plataforma acaba de anunciar planos de expandir a atuação para outras capitais, além de Curitiba, aumentar a base de leitores e formar novos pontos de coleta em espaços públicos, escolas e empresas.
Com centenas de livros circulando em diversas cidades, o Bookshare aposta na gentileza entre desconhecidos como motor da transformação social. Ao invés de deixar livros parados na estante, os leitores os disponibilizam para empréstimo. Em troca, podem solicitar novos títulos, criando um sistema orgânico de acesso à leitura. “Com um modelo sustentável e um propósito claro, o Bookshare se consolida como uma das principais iniciativas de democratização do acesso ao conhecimento por meio do livro físico no Brasil”, afirmou Ismael Duarte Pereira, fundador da Bookshare.
O projeto já conta com o apoio de importantes instituições como o Instituto Legado, Amazon Web Services (AWS), NVIDIA, Prodesp e, mais recentemente, o Shopping Crystal, localizado em uma das regiões mais nobres de Curitiba-PR. O shopping é o primeiro ponto de encontro fixo da rede Bookshare, onde leitores podem retirar e devolver os livros emprestados com comodidade, segurança e estilo. Além disso, empresas de diversos setores já aderiram ao movimento, alcançando juntas mais de 10 mil colaboradores impactados diretamente por ações de estímulo à leitura dentro do ambiente corporativo.
De acordo com os dados mais recentes da pesquisa “Retratos da Leitura no Brasil”, de 2024, o país perdeu mais de 6,7 milhões de leitores nos últimos cinco anos. A média anual de leitura caiu de 4,95 livros em 2019 para 3,96 livros em 2024. Entre os principais motivos para a não-leitura estão a falta de tempo, a preferência por outras atividades e a dificuldade de acesso a livros físicos, problema que o Bookshare se propõe a enfrentar com tecnologia, empatia e logística colaborativa. “Tem muito livro querendo ser lido e muita gente querendo ler. O que falta entre um e outro é ponte — e o Bookshare é essa ponte. Com cada livro emprestado, a gente aproxima histórias e pessoas”, afirmou Pereira.
